quinta-feira, 13 de junho de 2013

Um pai decepcionado

Quarta-feira, 12 de junho de 2013.

Meu irmão Gilmar, pai de uma das vítimas da colisão criminosa que matou seu filho há mais de três anos em uma rua de Curitiba ligou para desabafar entristecido com um episódio que parece se encaminhar para o não julgamento do caso. 
O ato: desenvolvendo uma velocidade inimaginável para uma via urbana (acima de 170 km por hora), com carteira de habilitação suspensa e bêbado (câmera de um restaurante o flagrou bebendo e hã relato de testemunhas, um deles socorrista do Corpo de Bombeiros) o acusado não percebe um veículo a sua frente e praticamente o corta ao meio tamanha a violência do impacto. Resultado: duas vítimas fatais, ocupantes do veículo atingido pelo do acusado. 
O fato: a caminho dos quatro anos da colisão, a Justiça brasileira ainda não deu a devida resposta à sociedade, no atendimento do que preconiza a lei. Enquanto se discute as minúncias de um trâmite processual confuso e difuso, os responsáveis pela Instituição criada para através da aplicação da lei defender a sociedade daqueles que a burlam ainda não julgou o caso. A nação brasileira, principalmente a população paranaense acompanha atônita as manobras protelatórias que com toda certeza pontuam a prescrição do fato. É tudo legal. Nossas leis dão guarida a esse tipo de procedimento com vistas "a lisura do processo". Na verdade essas manobras mostram uma má fé cínica imperando em direção à consagração da prescrição e não da condenação daquele que pela lei ainda é inocente porque não julgado. O desejo primeiro é mudar de país. Mas, não! É preciso acreditar no bem. Há pessoas boas e honestas que com certeza não deixarão passar impune esse crime de trânsito que chocou o país. Cada um precisa fazer sua parte e não deixar que as manobras protelatórias sejam consagradas. A credibilidade de uma instituição fundamental para o equilíbrio social está em jogo.

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More