quinta-feira, 24 de abril de 2014

O tripé da comunicação

Quinta-feira, 24 de abril de 2014.
"Em um mundo de interesses falseados, há que se dá
valor quando cumprimos com o conteúdo daquilo que
discursamos"
JoYa
Da teoria à prática. Ontem ao entrar na sala de aula vi que só tinha um aluno. Os outros, por motivos particulares e coincidentemente, não puderam comparecer. Acostumado a falar para plateias lotadas quando de palestras e para milhares ou até milhões nos jornais de rádio e televisão, deparei-me com apenas uma pessoa diante de mim. O que fazer? Dispensá-la para não desperdiçar meu tempo ou o conteúdo com apenas um aluno? 
 Sou professor de comunicação e a aula era de Comunicação Organizacional. Focado na teoria do que estava ensinando perguntei ao aluno se estava disposto a passar as três horas seguintes recebendo o conteúdo, mesmo sozinho na sala? Ele me respondeu com uma pergunta: - E o senhor? Respondi que para mim o que importava era a presença dele e que não teria problema algum. Ele então concordou e a aula aconteceu normalmente, como se a sala estivesse completa. E a motivação? Alguém pode perguntar. A mesma, garanto. Para que a comunicação se estabeleça necessário se faz o agente transmissor, a mensagem e o agente receptor. O tripé existia e o respeito à comunicação também. É isso que importa. Ao chegar em casa e depois, ao deitar-me, fechei os olhos para dormir satisfeito, pois havia praticado na essência o que a teoria básica da comunicação pontua. É assim que tem de ser. Em um mundo de interesses falseados, sentimo-nos recompensados quando cumprimos com o conteúdo daquilo que discursamos. JoYa

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