Terça-feira, 19 de
maio de 2015.
Deputado Elio Rusch foi obrigado a interromper seu pronunciamento devido as vaias dos professores que ocupavam as galerias da Assembléia (foto ilustrativa) |
O deputado estadual Elio Rusch, presidente do
Democratas-PR, ocupava hoje à tarde a tribuna da Assembléia Legislativa quando
foi vaiado pelos professores que lotavam as galerias da casa ao informar um
valor salarial de um professor do Estado. Irritado com as vaias ele se dirigiu à
platéia e afirmou:
- “Não admito vaias,
pois aqui é meu local de trabalho. O local de trabalho de vocês é na sala de
aula!”
Depois desta afirmação, a reação dos professores foi
vaiá-lo mais forte ainda. Incomodado com as vaias, o presidente da Casa,
deputado Ademar Traiano, que já havia ameaçado, encerrou a sessão.
Quem esteve na Assembléia hoje percebeu a preocupação
e irritação dos deputados da base aliada de Richa com seu desgaste junto a
população. Ao atender determinação do governo, entenda-se José Richa e
orientação técnica, entenda-se Mauro Ricardo Costa, secretário da Fazenda, ficam expostos
em suas bases eleitorais a criticas e cobranças. Muitos mal começaram seus
trabalhos no Legislativo e já veem sua reeleição ameaçada.
Especula-se nos corredores da Assembléia que muitos
começam a acreditar na inexistência de condições de governabilidade do próprio
Richa e o distanciamento do mesmo é inevitável. Aliás, por enquanto, a saída do secretário da
Fazenda é tida como certa como mais uma tentativa do governador de manter seu
comando.
O certo é que com a emblemática, inapropriada e
infeliz declaração do deputado Rush, o distanciamento dos deputados da base
aliada, com mais denúncias vindas de Londrina, agora atingindo a própria esposa
de Richa (divulgadas no jornal da RPC desta terça à noite), as ameças de greve
geral de todo o funcionalismo que pode ser marcada nos próximos dias, a
lembrança das agressões do dia 29 de abril e o que as motivou (votação do
projeto da Previdência) a situação e o desgaste de Richa pioram dia a dia.
Vai ser muito difícil ele aceitar, mas tudo se
encaminha para o encurtamento de seu segundo mandato frente ao governo do Paraná.
JoYa
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