quinta-feira, 17 de março de 2016

Sou esquerda e daí, qual o problema?

Terça-feira, 17 de março de 2016.
“O Brasil dos nossos dias não admite nem o exclusivismo do governo, nem
da oposição. Governo e oposição, acima dos seus objetivos políticos, têm
deveres inalienáveis com o nosso povo” Tancredo Neves
Um amigo se assustou hoje quando declarei a ele que sou esquerda. Ficou tão surpreso que tive que explicar a razão. É que apoio toda política que se inspira na busca pela justiça social. Penso que o igualitarismo é uma utopia dentro da realidade capitalista. Aí surge o governo com suas políticas públicas contemplativas para resgatar este desequilíbrio. A administração moderna, dentro do próprio conceito de remuneração estratégica, busca uma espécia de socialização dos meios de produção econômica ou pelo menos uma melhor distribuição de lucros e dividendos. Apoio qualquer noção conceitual que estimule e trabalhe pela igualdade entre as pessoas. Não sou hipócrita. Quem me conhece sabe que sou assim desde criança, mas foi quando fiz a Faculdade de Direito e estudei sociologia que me aprofundei mais nesses conceitos chamados de “esquerda”, mas para mim considero de centro, pois é do centro de meu coração que elas brotam. Já a tal da direita política para mim representa o que de pior existe na espécie humana. Pois impõe aos outros e/ou a si mesmo a tal da hierarquia social. Ao considerar normal a desigualdade social estimula a distribuição das riquezas como o conceito da meritocracia. Aceita a diferença de classes como inevitável, normal e até desejável, pois utiliza o capital como força escravizante e não aceita e/ou dificulta ao máximo a que os que estão embaixo na pirâmide um dia tenham a oportunidade de ascender à ponta.
Mas, antes de tudo sou legalista. Entendo que a sociedade humana só se esquilibra dentro do ordenamento jurídico criado para dar sustentação às relações sociais. Acredito que o respeito ao direito do outro é o princípio para que ele respeite o meu. Acredito na democracia como o melhor sistema para se chegar à Justiça Social. Mas ela só se sustenta através da educação e da politização do povo para que tenha a oportunidade de entender o que seja Pátria e, por amor à Grande Família bem representar seus irmãos em quaisquer cargos que ascenderem dentro da hierrarquia político-administrativa. Não sou monstro por ser de esquerda. Monstro é aquele que através do capitalismo racional e preguiçoso escraviza, corrompe e/ou se deixa corromper. O conceito esquerda é progressista e só vejo razão para a existência humana quando saímos da ótica de nossos interesses pessoais e passamos a nos ocupar com os do próximo e, para mim próximo não é sómente o semelhante, mas toda espécie viva que há no nosso entorno. Por isso que reafirmo: Sou esquerda e daí, qual o problema nisso? JoYa

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