Quinta-feira,
05 de maio de 2016.
Sai Cunha, entra Cardoso: Muda para ficar tudo igual |
Não há muito o que se comemorar
com a saída de Cunha. Ele foi o bagaço de cana da vez. Enquanto tem suco serve.
Depois se joga fora. Acontece que no balaio de Cunha há muitos gatos. Percebam
quem vai sucedê-lo caso ele seja afastado mesmo: Waldir Maranhão Cardoso,
filiado ao Partido Progressista (PP). Cardoso foi reitor da Universidade
Estadual do Maranhão, antes do pleito de 2006 que o elegeu para a Câmara
Federal. Sobre ele pesam severas acusações de enriquecimento ilícito, enquanto
reitor. Em sua gestão houve várias denúncias contra a questionável concessão de
bolsas de estudos científicos e tecnológicos de um programa do governo
estadual. A revista "Isto É" publicou sobre dois inquéritos
enfrentados por Waldir Maranhão no Supremo Tribunal Federal, ambos por suposta
prática de crimes de ocultação de bens e desvio de recursos de fundos de pensão
que teria movimentado R$ 300 milhões em um ano e meio. Ele também é investigado
pelo Supremo por lavagem de dinheiro e recebimento de propina - repasses
mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil - do doleiro Alberto Youssef, por
participação na quadrilha que desviou recursos e fraudou contratos da Petrobras
com empreiteiras investigadas na Lava Jato. Apesar do esperado afastamento de
Cunha, não vejo motivo para comemorar, pois estamos ainda à mercê de um balaio
de gatos. JoYa
0 comentários:
Postar um comentário