Quinta-feira,
05 de maio de 2016.
Ministro Teori Zavascki,
relator da Operação Lava Jato, concede liminar em ação
pedida pelo procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, em dezembro, e afasta
Eduardo Cunha. Em dezembro.
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Com a alegação de estar
interferindo na investigações da Lava Jato, o STF fez agora de manhã o que
deveria ter feito já a bastante tempo: embora a medida seja liminar, decidiu
pelo afastamento do deputado federal Eduardo Cunha de suas funções. A
comunicação foi entregue hoje cedo a Cunha, que ainda não se manifestou. Antes
tarde do que nunca. Acontece que a decisão é monocrática no Supremo, isto é,
ainda frágil, pois precisa do voto da maioria dos ministros. Outro problema é
seu sucessor, tão corrupto quanto ele. Estas figuras acabam de liderar, com
êxito, um processo de Impeachment da presidente da República que, ao que tudo
indica, será ratificado pelo Senado. Esta demora em decidir pelo afastamento do
presidente da Câmara custará caro à nação brasileira, pois os efeitos nocivos
da doença se alastraram por Brasília. Este afastamento me parece mais um jogo
de cena para dar legitimidade à destituição da presidente Dilma e uma quase
certa prisão de Lula. Um verdadeiro jogo de cena para recuperar a desgastada
credibilidade do Supremo. JoYa
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