Quinta-feira, 18 de agosto de 2011.
Ministro Rossi no Congresso quando foi dar explicações sobre as denúncias (Foto Sérgio Lima/Folhapress) |
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira após uma série de suspeitas de irregularidades na pasta e se tornou o quarto ministro a deixar o governo de Dilma Rousseff. Em sua carta de demissão, Rossi ataca a imprensa e afirma ter sido alvo de "uma saraivada de acusações falsas". Segundo um assessor da vice-presidência que pediu para não ser identificado, Rossi procurou na tarde desta quarta-feira o vice-presidente Michel Temer, seu padrinho político, e disse que levaria a carta de demissão para a presidente Dilma Rousseff. O assessor afirmou que os dois foram até o gabinete da presidente e o então ministro formalizou sua decisão.
SUSPEITAS
Nesta semana, a Policia Federal abriu inquérito para investigar as denúncias de suposta corrupção no ministério. Há suspeitas de direcionamento de licitação e pagamento de propina. Os problemas do ministério começaram desde que o ex-presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), Oscar Jucá Neto, irmão do líder no governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), afirmar que "há bandidos" no órgão e sugerir que o ministro Wagner Rossi participava de esquemas de corrupção. Após nova reportagem da revista "Veja", desta vez sobre a atuação de um lobista no ministério, o então secretário-executivo da pasta, Milton Ortolan, pediu demissão do cargo. A situação do ministro se agravou após Israel Leonardo Batista, ex-chefe da comissão de licitação da Agricultura, afirmar em entrevista à Folha que o Ministério da Agricultura foi "corrompido" após a chegada de Wagner Rossi à pasta. Outra denúncia que atingiu o ministro foi a revelação, pelo jornal "Correio Braziliense", de que Rossi e um de seus filhos, o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB-SP), viajaram várias vezes em um jatinho pertencente a uma empresa de agronegócios. (Folha Online)
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