Segunda-feira, 05 de março de 2012.
A arte da escuta, fundamentada na paciência, faz parte da sabedoria humana |
Coexistem a fala e a escuta. Qual delas será a mais importante ? Assim de entrada, tudo indica que a fala terá uma votação bem maior. Parece mais fácil. Chega mais espontânea. Pode ser. Mas, quando se aprofunda, um pouco mais, a “missão” de cada uma delas, ver-se-á que - embora o falar seja mais fácil e mais agradável - é o escutar que merece muito mais atenção e cultivo. A escuta corresponde, sem dúvida, a um acolhimento. E todo acolhimento requer abertura de coração, muita sinceridade e, mais ainda, confiança... Ninguém se abre, plenamente, com todo mundo. Menos, ainda, com uma pessoa que não sabe acolher, com aconchego e ternura. Ou em quem não confie. É preciso, também, que se tenha uma boa dose de paciência. Diz Sêneca: “A paciência é o último degrau para a sabedoria.” Tudo acontecerá a seu tempo. Outra coisa: nunca se deve fazer julgamentos precipitados. Estamos ‘escutando’, não estamos ‘julgando’... E arte da escuta, fundamentada na paciência, faz parte da sabedoria humana e, a seu tempo, produzirá os seus frutos.
Marcelino Cantalice da Trindade/Graduado em Filosofia e em Teologia em Pirpirituba-PB. Graduado em Jornalismo em Salvador BA. Sacerdote por mais de 40 anos. Atualmente é presidente de honra da Academia Penedense de Letras, Artes, Cultura e Ciências.
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