Quarta-feira, 09 de
maio de 2012.
Posto na íntegra matéria que li no site da Rádio Banda B e que me indignou
pelo despreparo do estabelecimento em tratar uma questão que exigia um mínimo
de bom senso.
Um jovem de 18 anos foi agredido por seguranças do James Bar, localizado
na Av. Vicente Machado, no Batel, em Curitiba, na madrugada do domingo (6). O
motivo da agressão, segundo a família do estudante, foi o fato dele não ter R$
20,00 para completar a conta de R$ 60,00 que deveria pagar. O jovem G.C.K. está
internado na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital particular de Curitiba
e, de acordo com o último boletim médico, corre o risco de ter uma das pernas
amputadas devido aos golpes que sofreu. O caso foi divulgado na noite desta
terça-feira (8) pela Associação de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas
(Abrabar-PR), com o relato da tia do jovem agredido. O presidente da
associação, Fabio Aguayo, informou que viu as imagens das câmeras de segurança
do bar, mas não é possível acompanahr toda a ação. "É possível ver que
houve uma confusão perto dos caixas e por outra câmera ver um segurança
conversando com o rapaz sentado enquanto se aguardava a chegada do Siate.
Alguns trechos fogem do campo de imagem, por isso só será possível ter mais
detalhes com o depoimento de testemunhas que estavam na fila do caixa",
afirmou. Segundo Aguayo, a direção do James Bar nega que houve agressão. "Eles garantem que não
houve agressão e dizem que, no momento da fuga, o rapaz e o segurança caíram e
foi aí que ele se machucou. Mas é uma situação muito delicada. Temos duas
versões e, fatalmente, esse caso chegará aos tribunais",
completou Aguayo em entrevista à Banda B.
Versão da família
De acordo com a versão da tia do jovem, Carla Carvalho, seu sobrinho foi
ao caixa pagar a conta calculada em R$ 60,00, passou seu cartão e verificou que
não havia saldo suficiente. O jovem teria então oferecido ao caixa os R$ 40,00
que tinha em espécie e prometido voltar no dia seguinte para pagar os R$ 20,00
restantes, propondo deixar o celular e o documentod e identidade. “Uma pessoa que se
identificou com Gustavo o atendeu de forma extremamente agressiva, negativa e
irônica. Ele lhe disse que “o bar tinha pilhas de carteiras de identidade de
caloteiros e que daquele bar, ninguém saía sem pagar sua conta”,
relata a tia do jovem. Neste momento, como a conversa acontecia praticamente
junto à porta de saída, o rapaz teria visto alguns seguranças do
estabelecimento se aproximarem e resolveu sair correndo. “Numa atitude de
medo, defesa e inexperiência frente ao cenário, meu sobrinho GCK, se desesperou
e saiu correndo porta à fora. Não precisou de uns cinco passos para que os
seguranças o alcançassem, exatamente na porta do bar e de uma maneira covarde,
GCK foi fortemente espancado pelos seguranças, vindo a desmaiar. Sem saber
quanto tempo ficou desacordado, com pouca lembrança do que estava acontecendo,
quando deu por si, estava sendo socorrido por outros jovens que ali se
encontravam. Seu nariz sangrava muito em função de estar fraturado e com
inúmeras escoriações pelo corpo, já não podia se levantar pela luxação de
joelho esquerdo que acabara de sofrer com rompimento dos ligamentos cruzados,
patelar, fratura do planalto tibial medial e demais nervos”,
relata a tia. O jovem foi encaminhado pelo Siate ao Hospital Evangélico. “Estamos todos consternados,
abalados e chocados com o acontecido, principalmente GCK que está sendo mantido
sob efeito de tranquilizantes e morfina para suportar as dores física e
psicológica que está sofrendo”,
diz Carla em relato divulgado pela Abrabar. Conforme boletim médico do Hospital
Evangélico, diz a tia do jovem, a lesão sofrida no joelho esquerdo de GCK era
prioridade absotuta por ser de altíssima gravidade com quadro irreversível e
lesão permanente com risco de amputação do membro. A família optou em
transferir o rapaz para um hospital especializado em trauma e ortopedia do qual
o mesmo se encontra internado, sem previsão de alta. Segundo Carla, o jovem
está agora sob os cuidados da equipe médica. “Na segunda-feira (7), em
torno das 21h, em ação emergencial, na tentativa de salvar a perna do meu
sobrinho, decidiram pela cirurgia que terminou a pouco em torno das 7h da manhã
do dia seguinte, onde foi retirada a safena da perna direita e transplantada na
perna esquerda. A cirurgia que durou em torno de dez horas e considerada de
extrema periculosidade precisou de inúmeras transfusões de sangue. Agora, ele
está na UTI em observação pós-cirúrgico e todos estamos aguardando ansiosos as
próximas 48hs que serão decisivas, pois a permanência de sua perna dependerá da
aceitação, ou não, da artéria transplantada”,
diz Carla.
Providências
A família informou ainda que, paralelo a isso, todas as medidas cabíveis
estão sendo tomadas junto ao Ministério Público e a Comissão dos Direitos
Humanos da OAB/PR e demais órgãos competentes. “Todos poderão nos ajudar a
punir os responsáveis por este ato brutal e repugnante”,
diz a tia do jovem. A família pediu para que o nome do jovem seja preservado.
Apenas informou que ele retornou, em agosto passado, de intercâmbio dos EUA
onde cursou High School e passou entre os 10 primeiros colocados no vestibular
de UFPR.
Outro lado
A Banda B procurou a direção do James Bar por telefone na manhã desta
quarta-feira, mas ninguém atendeu. O presidente da Abrabar foi informado do
interesse da Banda B em mostrar também a versão do estabelecimento. (Denise
Mello/Banda B)
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