Segunda-feira, 07 de
maio de 2012.
Não há quem se interesse mais
em fazer justiça do que aquele que a aplica
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Hoje, ao completar três anos da morte de meu sobrinho Gilmar Raphael
Souza Yared senti que devo dar uma opinião a respeito da confusão que muitos
fazem ao criticar a Justiça, como instituição, como se fosse ela a responsável
pela demora de um julgamento. O Poder Judiciário é formado pela sociedade e
dele fazem parte profissionais que muito estudaram e se esforçaram para
adquirir conhecimento a ponto de assumir esta nobre e difícil missão que é a de
julgar fatos oriundos das relações humanas, pessoais e sociais. Como em
qualquer profissão, há os bons e os maus profissionais. A corrupção,
infelizmente é da natureza humana. Daí sempre ouvirmos falar de corrupção e
outros tipos de crime que envolvem médico, engenheiro, advogado, empresário,
policial, juiz, desembargador, deputado, senador, governador, enfim, não
importa o cargo ou função. Mas, é preciso não confundir a ação do homem com a de
uma instituição. No caso da demora do julgamento do motorista que se envolveu
na colisão que matou meu sobrinho Gilmar Raphael e de seu amigo Carlos Murilo
há exatamente três anos é preciso que se faça um esclarecimento: A culpa não é
da Justiça. O Poder Judiciário segue o que dita a lei. É obrigado a atender os ritos
processuais. Não são os juízes, muito menos os desembargadores que criam as
leis. Eles podem até, e isso é compreensível fazer um juízo errado na hora de
tomar uma decisão. Daí o próprio sistema jurídico prever recursos e outras
medidas para salvaguardar a busca pela justiça. Se há uma crítica pela demora
essa deve ser feita àqueles que criaram as leis. Ou ainda, que podem e devem trazê-las à atualidade. Ao Poder Legislativo, entenda-se Congresso Nacional
(Câmara e Senado da República) cabe um estudo aprofundado da questão. Propostas
e projetos devem ser estabelecidos para que tanto o processo penal quanto a
própria legislação específica sobre questões do trânsito ofereçam condições a
que, aí sim, o Poder Judiciário cumpra com o seu nobre papel. Esta revisão dos
nossos códigos deve vir acompanhada de jurisconsultos, de estudiosos do
direito, pessoas de notório saber, que dêem subsídios aos parlamentares para
oferecer ao país uma lei que traga mais segurança à sociedade, hoje à mercê de
pessoas que se acham acima da lei e da ordem instituída. Matam e se utilizam de
uma legislação intempestiva para tentar escapar da responsabilização por seus
atos. Quero deixar aqui minha admiração, respeito e consideração pelo Poder
Judiciário. Sem ele, creia meu leitor, nossa vida seria inviabilizada. Não há
pessoa mais interessada em fazer justiça do que aquele que a aplica. Boa Noite!
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