quarta-feira, 10 de abril de 2013

Respeito àquilo que fazemos

Quarta-feira, 10 de abril de 2013.

Tive muitos motivos para pensar em desistir, mas apenas um bastou para que continuasse: o respeito por aquilo que faço. Durante alguns anos, 13 no total, mudei o foco do dom que recebi. Pensei primeiro na grana e na segurança que ela proporcionaria. Ledo engano. Depois de tê-lo, percebi que dinheiro garante somente preocupação em não perdê-lo e a tendência é querer acumular sempre e sempre. Acaba-se escravo desta ânsia. Os benefícios de adquirir o que se deseja se esvaem na insatisfação a longo prazo pelo vazio do ter sem ser. O que conta é levantar ao acordar e sentir que poder-se-á colaborar através de simples, mas pontuais ações, na melhora do mundo em que vivemos. O médico para curar. O farmacêutico por disponibilizar a receita prescrita para a cura. O motorista que leva as pessoas, que transporta a produção, que conduz os doentes. Os industriais, operários, comerciantes e comerciários que disponibilizam o necessário consumo para a subsistência, etc...Cada trabalho tem uma finalidade e é exatamente esta que dignifica a pessoa. Foi por isso que não desisti. É devido a isso que continuo. Pois respeito o que faço hoje. A carga aliviou quando percebi que sou infinitamente maior que o problema que me afligiu e o segredo foi o sentimento de esperança no amanhã. Esperar coisas melhores é acreditar que podemos ser, sim melhores em tudo o que fazemos. Basta ter fé. Acreditar no Deus do Impossível nos torna capazes de alcançar o que nos é licitamente possível.

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