O transporte coletivo de Curitiba tem chamado a atenção nas últimas semanas devido a seqüência de acidentes envolvendo ônibus do sistema. Uma das causas têm sido a impaciência e pressa dos motoristas em um trânsito já complicado pelo aumento da frota de veículos no perímetro urbano. E nesta sexta-feira, representantes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana estiveram na Delegacia Regional do Trabalho para tratar da questão. De acordo com o vice-presidente do Sindimoc, Dino César Morais de Mattos, é importante neste momento tratar deste assunto. Sabe-se que uma das causas da impaciência e pressa dos motoristas de ônibus no trânsito seriam as multas aplicadas (essas multas não são as de trânsito, mas sim aquelas que o funcionário recebe em casos de falhas, como chegar atrasado, por exemplo), bem como as condições de trabalho. Esses dois assuntos foram enfatizados na pauta que tem mais de 40 ítens.
E tem mais: o aumento salarial da categoria. Eles pedem um reajuste de 38%, valor referente à defasagem salarial nos últimos anos. Por outro lado, aguarda-se com expectativa a manifestação do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp). Na quarta-feira, dia 26, os patrões devem apresentar sua contraproposta na DRT.O Sindimoc acredita que o Setransp negocie um reajuste acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou o ano passado em 6,47%. Não se descarta a possibilidade de greve, o que seria um transtorno à população. A Urbas informa que hoje 2 milhões de passageiros utilizam diariamente o Sistema Integrado de Transporte Coletivo, composto por 1980 ônibus, que atendem 395 linhas. O sistema é responsável pelo emprego direto de 15 mil pessoas, entre motoristas, cobradores, fiscais, mecânicos, entre outros profissionais.
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