terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cidades da região serrana do Rio ainda apresentam cenário de destruição


Cenário de Guerra
Com o passar dos dias as cidades vão se organizando como podem. O chefe do Estado Maior e subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel José Paulo Miranda fez esta avaliação após acompanhar os trabalhos de buscas, resgate e salvamento das vítimas dos deslizamentos.
Em entrevista à Agência Brasil, ele afirmou que quando as primeiras equipes iniciaram o socorro, não se tinha a dimensão exata dos estragos. Ele acredita que as horas iniciais dos resgates, quando ainda se tem esperança de encontrar vítimas com vida, foram as mais difíceis.
O subcomandante do Corpo de Bombeiros também destacou a integração entre os organismos estaduais, municipais e federais e as Forças Armadas como fundamental para o trabalho. Segundo o coronel, as equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil devem permanecer na região por tempo indeterminado.
Depois de uma semana, os resgates continuam sendo o principal foco de atuação. De acordo com a prefeitura de Nova Friburgo, há 318 mortos na cidade e cerca de 5,2 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. Aproximadamente 30 abrigos recebem a população que perdeu suas casas ou que não podem retornar para os imóveis. Com a liberação do tráfego pela RJ-130, que liga Nova Friburgo ao município de Teresópolis, foi possível o acesso a todas as comunidades. Algumas, no entanto, permanecem sem energia elétrica e água. Pelas ruas, os trabalhos de limpeza também são intensos, com o uso de retroescavadeiras. Ainda assim, há lama, muita terra e entulho acumulados.

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