Ex-deputado Fernando Carli Filho |
Denúncias reabrem suspeita no caso Carli.
As denúncias de que a Consilux tem capacidade para adulterar seus radares e assim proteger infratores de trânsito reacendeu uma polêmica que envolveu a investigação do acidente provocado pelo ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho em maio de 2009, que causou a morte de dois jovens.
À época, um relatório da Urbs mostrou que, na noite e na madrugada do acidente, radares de Curitiba não registraram a passagem do carro de Carli Filho – embora ele estivesse, segundo as investigações, em altíssima velocidade na hora da colisão. Essa falha ocorreu nos equipamentos das ruas Pedro Viriato Parigot de Souza e Monsenhor Ivo Zanlorenzi, as vias rápidas que cortam o bairro Mossunguê, onde ocorreu o acidente.
Os radares das ruas registraram a passagem de centenas de carros nas horas anteriores ao acidente. Curiosamente, o veículo usado por Carli Filho no momento do choque não consta nos registros da Consilux, ao contrário de outros veículos que não excederam o limite de velocidade naquela noite. A própria Urbs reconheceu que veículos que circularam por algumas faixas das duas ruas não foram captados pelos equipamentos de monitoramento da velocidade.
Dr. Elias Mattar Assad |
As suspeitas de que os radares pudessem ter sido manipulados foram levantadas durante o inquérito policial pelo advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de uma das vítimas. “Ficou no ar essa indagação sobre a confiabilidade do sistema”, diz Assad. “Na época, suspeitamos disso e levamos este questionamento ao processo.” Já com o julgamento do ex-deputado marcado, o advogado salienta que a nova denúncia não vai mais repercutir no processo criminal.
Em 2009, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), abriu investigação, ainda não concluída, a respeito da possível manipulação dos radares. A Consilux nega a possiblidade de apagar registros de veículos. (SM)(Gazeta do povo)
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