Sábado, 09 de abril de 2011
É com muita satisfação que vejo a matéria de O Estado do Paraná deste sábado, homenageando o jornalista Carlos Alberto Correia, conhecido como Penna. Ele foi meu repórter nos anos de 1986 a 1988, na Rádio Paraná. Repórter destemido, Penna não recusava desafios. Uma vez pautei uma entrevista impossível para ele: ninguém menos que o general e ex-presidente Geisel, que veio a Curitiba para um encontro com o governador da época. Geisel era arredio com repórteres e não concedia entrevista a ninguém. Pois lá foi o Penna. Perseguiu o ex-presidente desde o aeroporto até ao Palácio Iguaçu com seu fusquinha. Conseguiu uma sonora nas escadarias do Palácio: “suma daqui seu repórter impertinente” disse Geisel. E foi só! Ele chegou na rádio todo feliz por ter conseguido uma sonora com Geisel, e me mostrou. Não deu outra, colocamos em destaque no Jornal como “furo”, afinal Geisel falou pouco, mas falou! Esse era o Penna, profissional que respeito muito. Logo abaixo a matéria postada no site de O Estado do Paraná de hoje.
“O jornalista Carlos Alberto Correia (Penna), mais conhecido como "o repórter da história", guarda mais de 30 anos da história do jornalismo paranaense. Penna é um dos poucos que tiveram a preocupação em arquivar os grandes momentos do impresso, rádio e também da TV. Carlos Alberto ganhou o nome artístico Penna, por ser o primeiro repórter do Aeroporto Afonso Pena. O jornalista acompanhou o crescimento de vários jornais e revistas, mas foi para o rádio que dedicou o seu amor à profissão. Ele trabalhou nas Rádios Clube, Paraná, Cultura, Universo, Cidade, Tingui, Cruzeiro do Sul, Colombo e Independência. Cobriu eventos marcantes e entrevistou grandes personagens nacionais e internacionais.
Penna acredita que a história é o grande registro do que o povo realiza. "Guardar a memória é um respeito pelos profissionais e pessoas que fizeram parte e ajudaram a formar opinião".
Penna fica desolado em perceber que as tecnologias estão fazendo com que a juventude não tenha os mesmos princípios que há 30 anos. "Hoje eles não querem saber o que aconteceu no passado, só pensam em coisas materiais" e ressalta "antigamente o pensamento era ser, e não ter".
Penna tem mais de mil fitas com gravações e aproximadamente 500 exemplares de jornais locais, desde 1950. Ele tem orgulho de fazer parte da evolução da história de Curitiba. "Quem não respeita a história não tem nada para contar, não será respeitado", finalizou.
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