Quarta-feira, 18 de maio de 2011.
Dominique Strauss-Kahn (centro), chefe do FMI, deixa delegacia de Nova York na noite do último domingo (Mike Segar /Reuters) |
Para 57% dos franceses, o diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, 62, preso em Nova York por acusação de abuso sexual a uma camareira no sábado passado (14), foi vítima de um complô, segundo os resultados de uma pesquisa publicada nesta quarta-feira.
Já 32% dos entrevistados nesta segunda-feira sobre a questão responderam, ao contrário, que Strauss-Kahn não é vítima de complô, e 11% não quiseram falar, indicou o instituto CSA, que fez o estudo para três órgãos de imprensa franceses.
Apesar de o escândalo afetar o diretor, que aparecia como candidato favorito dos socialistas para as eleições presidenciais francesas do próximo ano, 54% dos entrevistados ainda acreditam na vitória do Partido Socialista (PS) no pleito. No entanto, 29% dos pesquisados dizem que o terremoto político gerado pelas acusações ao principal responsável do FMI beneficia na corrida presidencial o atual chefe do Estado e rival dos socialistas, Nicolas Sarkozy. CONDENAÇÃO PÚBLICA Além do relato dos fatos sobre a situação processual do diretor-gerente do FMI, o tratamento judicial que recebe pelas peculiaridades dos Estados Unidos é o alvo do interesse especial da imprensa francesa, em debate em particular pelas imagens de Strauss-Kahn algemado, consideradas por muitos uma condenação. Por trás dos debates está o fato de a legislação francesa, a respeito da presunção de inocência, impedir as imagens dos processos judiciais --autorizadas, no entanto, as caricaturas-- e proibir as fotos de suspeitos algemados. Um dos líderes da União por um Movimento Popular (UMP), Jean Francois Cope, partido do presidente francês Nicolas Sarkozy, afirmou nesta quarta-feira que o FMI deve "resolver" a substituição de Strauss-Kahn à frente do organismo "nos próximos dias". |
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