Sexta-feira, 12 de agosto de 2011.
Local onde "Latino" foi assassinado. Polícia trabalha com hipótese de vingança (Foto Paraná Online) |
A vida criminosa de Mario Emílio Ramos Silvério, 40 anos, conhecido como "Latino", acabou na manhã desta sexta (12), quando ele foi executado com mais de 20 tiros de pistola calibre nove milímetros. O crime aconteceu por volta das 10h, em uma oficina de lataria e pintura, na Rua Barão de Santo Ângelo, na Vila São Pedro, no xaxim. Segundo o relato de testemunhas para a polícia, dois homens chegaram em um Corola prata, entraram na oficina e efetuaram os disparos. "Latino" foi morto no pátio, a alguns metros do portão.
O delegado Roberto Fernandes da Delegacia de Homicídios esteve no local e disse que a principal linha de trabalho é que o crime foi um acerto de contas. "Recebemos a informação de que na quinta-feira, a loja dele, que fica bem próximo de onde o crime aconteceu, foi invadida e assaltada, mas na verdade, os homens que cometeram o crime já estavam atrás dele", explicou o delegado. Ele disse também que "Latino" era bem conhecido no meio policial. "Ele teve 11 passagens pela polícia por furtos, roubos, estelionatos, falsificação de documento público e formação de quadrilha. A última prisão foi feita pelo Cope há pouco mais de dois anos", explicou o delegado.
O delegado Rubens Recalcatti, que já foi titular na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), e em uma ocasião prendeu "Latino", contou como era a vida criminosa da vítima. "Há muitos anos ele já mexia com carros roubados, furtados, desmanche e outras coisas relacionadas. Na última vez que ele foi preso, a polícia mandou mais de 20 integrantes de duas quadrilhas de roubos de carros para a cadeia e naquela ocasião ele foi apontado como sendo o chefão dos dois bandos", explicou o delegado.
No local foi ventilada a hipótese do crime estar relacionado com o trabalho realizado pela DFRV na noite de quinta-feira (11), quando um barracão, onde funcionava um desmanche, foi descoberto no Bairro Xaxim, próximo da loja de peças de "Latino" e também da oficina onde ele foi assassinado. "É uma hipótese que não pode ser descartada, mas o fato de terem invadido a loja dele na tarde de quinta, antes mesmo da polícia chegar no desmanche é mais contundente", comentou o delegado Roberto Fernandes. (Marcio Barros/Paraná Online)
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