Segunda-feira, 31de outubro de 2011.
PM faz blitz na rua Amaral Gurgel (centro de SP), na madrugada de domingo; mulheres foram as mais reprovadas (Alessandro Shinoda/Folhapress) |
O projetista Jair Alves Ribeiro, 53, morreu quando atravessava a faixa de pedestres da avenida Pompeia (zona oeste de São Paulo), no último sábado, após ser atingido por uma moto que passou o sinal vermelho. A filha dele também foi atingida, mas passa bem. O condutor da moto, o administrador Walter Fernando Finholdt Baratelli, 29, foi preso. Ele não fez o teste do bafômetro. Por volta das 17h, Ribeiro e a filha dele, a psicóloga Erica Cazol Rodrigues, 23, aguardaram o sinal fechar para atravessar a avenida, no cruzamento com a rua Venâncio Ayres, a poucos metros do prédio onde moram as vítimas. Já no meio da travessia, a moto conduzida por Baratelli atingiu os dois. Rodrigues morreu no local. A filha dele foi socorrida e levada lúcida ao hospital Santa Catarina. Ela não corre risco de morrer. Após atingir os pedestres, a moto bateu num Chevrolet Agile, que passava pelo cruzamento.
SEM BAFÔMETRO
Segundo testemunhas, Baratelli foi agredido quando era colocado na maca do resgate por moradores do bairro. "As pessoas ficaram revoltadas com o acidente", disse um corretor de imóveis que ajudou a socorrer os pedestres e o motoqueiro. A motorista do Agile disse que viu a moto furar o sinal vermelho. Outra testemunha afirmou que a moto vinha em alta velocidade. Policiais civis e militares foram ao hospital onde Baratelli estava internado e sugeriram que ele soprasse o bafômetro. No momento, ele se recusou a fazer o teste, mas disse à polícia que havia bebido duas cervejas três horas antes da tragédia. Quando iria receber a alta médica, ele aceitou fazer o teste, mas os PMs não estavam mais com o aparelho, que havia sido levado para uma blitz da Lei Seca. Na delegacia, Baratelli foi preso em flagrante por homicídio por dolo eventual (quando o condutor assume o risco de matar) e também por lesão corporal. Segundo relato da delegada Gabriela Rodrigues de Campos no boletim de ocorrência, o administrador tinha condições de prever o resultado e estava em velocidade "incompatível" com a via. Por ter curso superior, Baratelli foi colocado em cela especial. O corpo da vítima só foi removido pelo carro do IML (Instituto Médico Legal) por volta das 21h, cerca de quatro horas após o acidente. (Folha Online)
* E as mortes continuam acontecendo tendo como causa colisões protagonizadas por motoristas ou pilotos (neste caso) alcoolizados. A reposta penal a este tipo de infração à lei seca deveria ser mais severa. A retirada da possibilidade de fiança para que o infrator possa responder o processo em liberdade, por exemplo. Caso contrário, muita gente ainda vai morrer, vítima da falta de respeito das pessoas à lei. Isso é inadmissível!
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