Quarta-feira, 02 de novembro de 2011.
Carro da médica que colidiu com o da jornalista (Foto Divulgação/Polícia Civil de São Paulo) |
O trânsito e suas tristes estórias diárias: “Médica deixa carro com manobrista e é avisada sobre acidente com mortes”
Um manobrista de um estacionamento particular em Higienópolis, bairro nobre na região central de São Paulo, recebeu o carro de uma médica que trabalha na Avenida Angélica, mas, em vez de guardá-lo, acabou “emprestando” o veículo a dois amigos que queriam ir a Caieiras, na Grande São Paulo, na noite deste sábado (29). O que parecia uma irregularidade sem maiores consequências, já que a dona do veículo estava de plantão até domingo (30) e provavelmente não ia desconfiar de nada, se tornou uma tragédia irreparável. Um dos colegas do manobrista que dirigia o Kia Carens da pediatra fez uma conversão proibida na Estrada Velha de Campinas ao tentar ultrapassar uma carreta, que momentos antes havia derrapado e batido na lateral de um Fiat Palio Weekend. Ao fazer o contorno, o Kia colidiu na contramão, de frente, com o Palio. Dentro do Palio estavam as jornalistas Ligia Maria Celeguim Tuon e Denise Pimentel Spera, ambas com 25 anos, e o professor de informática Bruno Tuon Perim, de 27. Denise e Bruno morreram por causa da colisão. Ela era a condutora. Bruno estava no banco de passageiros e era primo de Ligia. As vítimas foram sepultadas no domingo em Caieiras.
Denise Spera, jornalista, tinha 25 anos (Foto Divulgação/Arquivo Pessoal) |
Uma das vítimas
Formada em jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu, Denise havia feito curso de inglês em Londres e estava trabalhando como consultora de marketing em uma empresa na capital paulista. “Ela era uma filha dedicada, não se cansava de estudar”, afirmou o pai Waldemar Spera , que analisa a possibilidade de entrar com algum processo contra o estacionamento onde trabalha o manobrista que “cedeu” o carro da cliente irregularmente para as pessoas que provocaram o acidente que resultou na morte de Denise e Bruno.
Formada em jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu, Denise havia feito curso de inglês em Londres e estava trabalhando como consultora de marketing em uma empresa na capital paulista. “Ela era uma filha dedicada, não se cansava de estudar”, afirmou o pai Waldemar Spera , que analisa a possibilidade de entrar com algum processo contra o estacionamento onde trabalha o manobrista que “cedeu” o carro da cliente irregularmente para as pessoas que provocaram o acidente que resultou na morte de Denise e Bruno.
Sobrevivente
A jornalista Ligia Maria Celeguim afirma que estava chovendo na hora do acidente e que a curva era muito perigosa. "Eu estava no banco da frente. Eu vi a carreta desarticulando em ‘L’, derrapou para nosso lado. Teve várias pancadas violentas. Para mim nem tinha outro carro participando do acidente. O motorista do caminhão parou um pouco à frente. Ele não me resgatou nem aos outros. Fiquei bastante machucada. Fiquei com labirintite. Lesionei o pulmão direito. O cinto queimou meu ombro e a barriga. Estou com bastantes escoriações. Eu não sei dizer se foi falha do motorista do caminhão ou do outro carro que bateu depois no veículo onde eu estava”.
Carro conduzido pela jornalista ficou destruído no acidente (Foto Divulgação/Polícia Civil de São Paulo) |
Investigação
O caso foi registrado na Delegacia do Centro de Caieiras. O manobrista Jhonatan Paulino Alves dos Santos, de 22 anos, seus amigos, Higor Costa Araújo e Nivaldo Castro, que estavam no Kia, e o motorista do caminhão, José Benedito dos Santos Filho, de 38 anos, foram responsabilizados individualmente pela Polícia Civil. O manobrista Jhonatan foi indiciado nesta segunda-feira (31) por apropriação indébita por ter pego o carro da médica e entregue sem autorização dela aos dois colegas. Em depoimento à polícia, ele disse que os amigos queriam ir para uma festa em Caieiras. Higor, que conduzia o Kia, e José Benedito, condutor da carreta, foram acusados pela polícia por homicídio culposo na direção de veículo automotor. Higor e Nivaldo ainda estão sendo responsabilizados por fugir do local do acidente sem prestar socorro às vítimas. Como o caso envolve um crime culposo, sem intenção, a polícia não pediu a prisão dos investigados. Todos vão responder aos crimes em liberdade. Numa eventual condenação, a pena para cada um pode chegar até seis anos de prisão. Em depoimento à polícia, os rapazes que estavam no Kia deram uma versão diferente da do manobrista e do motorista do caminhão. Segundo os amigos de Jhonatan, eles queriam o carro emprestado para levar uma criança a Caieiras. Sobre o acidente, eles disseram que a carreta estava atravessada na pista e o automóvel onde eles estavam bateu em seguida nela. Como eles estavam com uma criança dentro do carro e o veículo não era deles, fugiram. Mas o condutor do caminhão disse que foi o Kia que colidiu com o Fiat, que, posteriormente, esbarrou no “cavalo” do seu veículo. (G1)
O caso foi registrado na Delegacia do Centro de Caieiras. O manobrista Jhonatan Paulino Alves dos Santos, de 22 anos, seus amigos, Higor Costa Araújo e Nivaldo Castro, que estavam no Kia, e o motorista do caminhão, José Benedito dos Santos Filho, de 38 anos, foram responsabilizados individualmente pela Polícia Civil. O manobrista Jhonatan foi indiciado nesta segunda-feira (31) por apropriação indébita por ter pego o carro da médica e entregue sem autorização dela aos dois colegas. Em depoimento à polícia, ele disse que os amigos queriam ir para uma festa em Caieiras. Higor, que conduzia o Kia, e José Benedito, condutor da carreta, foram acusados pela polícia por homicídio culposo na direção de veículo automotor. Higor e Nivaldo ainda estão sendo responsabilizados por fugir do local do acidente sem prestar socorro às vítimas. Como o caso envolve um crime culposo, sem intenção, a polícia não pediu a prisão dos investigados. Todos vão responder aos crimes em liberdade. Numa eventual condenação, a pena para cada um pode chegar até seis anos de prisão. Em depoimento à polícia, os rapazes que estavam no Kia deram uma versão diferente da do manobrista e do motorista do caminhão. Segundo os amigos de Jhonatan, eles queriam o carro emprestado para levar uma criança a Caieiras. Sobre o acidente, eles disseram que a carreta estava atravessada na pista e o automóvel onde eles estavam bateu em seguida nela. Como eles estavam com uma criança dentro do carro e o veículo não era deles, fugiram. Mas o condutor do caminhão disse que foi o Kia que colidiu com o Fiat, que, posteriormente, esbarrou no “cavalo” do seu veículo. (G1)
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