quarta-feira, 16 de maio de 2012

Homicídio culposo: Promotoria denuncia Thor Batista


Quarta-feira, 16 de maio de 2012.
Finalmente o pronunciamento da Justiça. O atropelamento e morte de um ciclista pelo filho de um dos empresários mais ricos do mundo coloca novamente na berlinda a Justiça brasileira. Será que a lei vale só para quem não tem dinheiro suficiente para contratar bons e notórios advogados? A sociedade segue atenta a mais um caso em que o cidadão mata no trânsito e depois pousa de santinho e inocente.
A notícia
Veículo importado que atropelo e matou um ciclista no Rio de Janeiro era conduzido por Thor, filho do empresário Eike Batista
O Ministério Público do Rio ofereceu denúncia (acusação formal) à Justiça nesta quarta-feira contra Thor Batista por homicídio culposo (sem intenção) pela morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, 30, atropelado na rodovia Washington Luís em março, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense). A denúncia foi assinada pelo promotor Marcus Edoardo de Sá Earp Siqueira e será analisada pela 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias. A Promotoria pediu, também, que Thor tenha o direito de dirigir suspenso imediatamente. De acordo com a denúncia, Thor agiu de forma imprudente ao dirigir seu veículo em velocidade incompatível para o local.
Excesso de velocidade
Segundo laudos citados pela denúncia, foi demonstrado que o veículo trafegava a pelo menos 135 km/h, enquanto a velocidade máxima permitida no trecho é de 110 Km/h. Ainda segundo a denúncia, Thor ultrapassou um ônibus pela faixa da direita e em seguida, momentos antes de atingir a vítima repetiu a manobra irregular ao ultrapassar outro carro, "violando os preceitos legais de segurança no trânsito".
Denúncia
Agora, a Justiça vai decidir se aceita ou não a denúncia. Caso seja aceita, Thor se tornará réu e responderá ao processo, que pode resultar em condenação de até quatro anos de prisão. Desde o acidente, Thor diz que é inocente. Sua defesa nega que ele estivesse a 135 km/h e já havia pedido a reconsideração do de seu indiciamento pela Polícia Civil, que considerou uma "peça de ficção científica". Os advogados ainda não foram localizados pela reportagem para comentar a denúncia da Promotoria. (Folha Online)

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