O maior pecado que já vi na minha vida profissional foi o desmonte da
Paraná Educativa pelo governo do Beto Richa. Oito anos para formatar uma
programação de televisão e a política equivocada dos neoliberais confundiu as
bolas. O canal sempre foi do povo do Paraná e não do Requião. O que o
ex-governador fez foi investir no talento paranaense para criar uma programação
alternativa às demais.
Programas que entretinham e levavam ao mesmo tempo,
muitos à conscientização sobre sua realidade social. A foto ao lado mostra o “Com
a Palavra”, mediado pela jornalista Fabíola Guimarães. Um dos bons programas da Paraná Educativa que discutiam temas que
levavam as pessoas à necessária reflexão de sua realidade. Profissionais de notório saber eram
convidados para os debates sempre interessantes. Em todos os anos nos quais esse programa foi levado ao ar, não assisti em nenhum deles qualquer tipo de propaganda à pessoa do governador que nunca foi convidado a participar. Agora, se durante a programação havia espaço para divulgar as ações da gestão pública da época, ou até mesmo da pessoa do
governador, o atual poderia fazer o mesmo. Afinal, o canal é mantido pelo
governo e este precisa divulgar suas ações. É constitucional, portanto legal. Pior é gastar fortunas em mídia feita em veículos particulares,
prática comum da atual gestão. Aos meus colegas meu sincero reconhecimento, não
só pelo talento desperdiçado com as demissões sumárias, mas pelas pessoas
amáveis e queridas que sempre foram. Daqui a dois anos teremos eleições.
Trabalharei muito para que as pessoas voltem a ter o canal público que merecem.
A EParaná não é ruim, mas está aquém do canal público que o povo paranaense
precisa. Com uma programação que faça as pessoas refletirem sobre sua realidade
e tenham a oportunidade, em assim fazendo, de mudar a sua história. A começar
por escolher as pessoas que realmente representem seus interesses ao assumirem
o poder.
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