Segunda-feira, 16 de maio de 2011.
Acusações contra Dominique Strauss-Kahn podem dar fim à sua vida pública e às suas ambições de se tornar presidente da França |
O chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, deve fazer sua primeira aparição diante de um tribunal nesta segunda-feira, desde que foi acusado de tentar estuprar uma camareira de hotel, em um caso que chocou a política francesa e causa problemas à organização. Algemado, Strauss-Kahn foi visto em público pela primeira vez desde sua prisão quando foi levado ao tribunal criminal de Manhattan, na noite deste domingo. Seus advogados disseram que ele se declarará inocente em relação às acusações de ato sexual criminoso, aprisionamento ilegal e tentativa de estupro. Tais alegações podem dar fim à sua vida pública e às suas ambições para se tornar presidente da França.
Strauss-Kahn, que até então era considerado favorito na disputa presidencial francesa, apareceu com as mãos algemadas atrás das costas no domingo, quando detetives o levaram para um carro de polícia diante de várias câmeras de TV. Um porta-voz da polícia disse que a camareira, de 32 anos, que trabalha no Sofitel da Times Square identificou Strauss-Kahn em uma linha de suspeitos formada pela polícia, que tinha ainda outros cinco homens.
O diretor-gerente do FMI, que escolheu o ex-advogado de Michael Jackson para liderar sua equipe de defesa, se submeteu ao exame forense, no qual policiais buscaram por arranhões ou outras evidências do suposto ataque. Figura carismática, Strauss-Kahn liderou o FMI durante a crise financeira global entre 2007 e 2009, pressionando por medidas de estímulo e cortes nas taxas de juros para evitar uma depressão, e tem sido vital nas negociações para solucionar os problemas europeus de dívida. (Reuters)
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