Terça-feira, 26 de julho de 2011.
Maioria dos acidentes poderia ser evitada (Foto via Jornale) |
Levantamento da Polícia Rodoviária Federal mostrou que a BR-376 é a rodovia campeã em número de mortes nos primeiros seis meses de 2011, no trecho entre o Paraná e Santa Catarina. Só entre os quilômetros 660 e 679, 17 pessoas morreram e outras 185 ficaram feridas em 470 acidentes. De acordo com o ranking de acidentes nas estradas federais que passam pelo Paraná, em segundo lugar aparece a BR-369, entre os quilômetros 140 e 159, no perímetro urbano de Londrina. No local, nove pessoas morreram. O mesmo número de vítimas fatais foi registrado na BR-476, entre Curitiba e Araucária; e na BR-116, no final do Contorno Leste, também na Região Metropolitana de Curitiba. Em todo o Paraná, a PRF registrou 11.379 acidentes no 1º semestre, com 6.275 feridos e 408 mortos. Apesar do número de colisões serem maiores do que o contabilizado no mesmo período de 2010 – 10.444 – a polícia esclarece que nos dois períodos a quilometragem de rodovias atendidas pela PRF aumentou. Em 2010 era 3,5 km e neste ano passou para 4 km. O número de vítimas fatais teve queda de 1,92% em relação a 2010, passando de 416 para 408. O índice de feridos aumentou de 6.177 para 6.275, ou 1,59%. (PRF)
* Lei: obedecer ou não obedecer, eis a questão
O que os especialistas na questão de trânsito de veículos não se cansam de lembrar é que a grande maioria dos acidentes poderia ter sido evitada se tivesse havido mais conscientização dos motoristas envolvidos, com as recomendações da lei e do bom senso. Algumas delas: revisar o veículo antes de viajar e o motorista também; não correr demais, atender os limites de velocidade para o local, ultrapassar só em local de boa visibilidade e nunca em lombada e ainda, quando o tempo estiver chuvoso redobrar a atenção e cautela. São orientações simples, mas, não seguidas. Com toda a certeza, nos acidentes registrados, um ou outro veículo estava desrespeitando uma dessas recomendações. A questão das mortes também deveria chamar a atenção, mas não chama porque as pessoas acham que acidente só acontece com os outros e nunca consigo. A falsa sensação de poder e segurança de uma camionete, por exemplo, faz com que o motorista e seus ocupantes exagerem em tudo. No feriado de Corpus Christi, 5 pessoas de uma mesma familia morreram estraçalhadas dentro de uma Hillux, no norte do Paraná. Elas vinham de São Paulo passar o feriado em um sítio de parentes na região. Em alta velocidade o motorista não teve tempo de desviar de um bando de capivaras que estava na pista. Bateu nelas, perdeu o controle do veículo e deu de frente num ônibus que vinha em sentido contrario. Nesse caso, o excesso de velocidade e a sensação de segurança foram fatores determinantes da tragédia. Com certeza, nenhum deles imaginava morrer daquela forma. Assim como nós não imaginamos. A diferença é que estamos vivos e com a chance de construir cada vez mais uma sociedade consciente da importância de se respeitar as simples orientações já mencionadas acima. É tudo uma questão de educação. Ah, sim, e uma questão também é de se fazer valer a lei no sentido de punir quem a transgride. Seja quem for! Enquanto a sociedade não sentir o peso da lei, não a respeitará!
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