terça-feira, 26 de julho de 2011

Jornalista que cobria criminalidade é achada morta, no México


Terça-feira, 26 de julho de 2011.
Foto cedida pelo jornal "Notiver" mostra a jornalista mexicana
Yolanda Ordaz de la Cruz, encontrada morta  (Foto EFE)
A jornalista mexicana Yolanda Ordaz de la Cruz, do jornal "Notiver", do Estado de Veracruz, banhado pelo golfo do México, foi encontrada morta nesta madrugada, uma semana após o assassinato de outro jornalista da mesma publicação. Ordaz, que trabalhava com questões relacionadas à criminalidade, estava como desaparecida desde domingo passado (24). Seu corpo foi encontrado próximo à sede de outro jornal, "Imagem", no município de Boca del Rio, região conturbada do porto de Veracruz. Vizinhos de um bairro próximo reportaram à polícia sobre o cadáver, que foi identificado posteriormente. Na semana passada, o jornalista Miguel Ángel López, chefe da sessão policial do "Notiver", foi assassinado em sua própria casa junto com sua esposa e seu filho de 21 anos enquanto dormiam. O "Notiver" é o jornal mais lido e de maior circulação no porto e em seus arredores. A relatora especial para a liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Catalina Botero, denunciou no último mês sobre o risco de vida dos jornalistas no México, classificando a situação como "extremamente grave". A Comissão Nacional dos Direitos Humanos já contabilizou mais de 60 jornalistas assassinatos no país desde 2000 até hoje, sem contar o número de repórteres agredidos, ameaçados, torturados e sequestrados.  (ANSA)
 
* A situação é preocupante. O jornalista nada mais é do que o repórter do fato. Ele não cria e também não o faz, como por milagre, desaparecer. Ao silenciar um repórter, o fato continua e enquanto existir vida social, novas pessoas surgirão e como profissionais procurarão reportar aquilo que diz respeito à sua segurança, à sua vida, à sua realidade. A situação do México é delicada na medida em que a corrupção chega até as mais altas esferas do poder.  A maior prova é que não só jornalistas, mas quem quer que ouse se contrapor ao tráfico é eliminado e nada acontece. A impunidade é endêmica. Precisamos tomar muito cuidado mesmo, para que a situação não venha a se repetir no Brasil. Para tanto, as instituições precisam lutar com todas as suas forças, todas elas, contra a corrupção. Se esta prevalecer, o país sucumbirá!

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