Sexta-feira, 29 de julho de 2011.
A cotação da moeda americana devolveu parte das fortes altas vistas nos último dois dias. O dólar comercial foi negociado por R$ 1,554, em queda de 0,76% no dia, mas ficou praticamente estável no acumulado deste semana (leve alta de 0,06%).
Até alguns dias, muitos analistas já trabalhavam com um "piso" de R$ 1,50 para o dólar, principalmente depois que as cotações caíram por seis dias consecutivos. Até ontem, algumas projeções já apontam para a possibilidade das taxas voltarem a oscilar na faixa de R$ 1,58 a R$ 1,60.
O mercado tomou um "susto" com as medidas drásticas anunciadas pelo governo para conter a queda livre das taxas. E a semana se encerra ainda em meio às incertezas a respeito de como as autoridades econômicas devem implementar as novas regras, que aumentam a taxação sobre instrumentos financeiros bastante sofisticados, os derivativos.
O governo que já avisou que somente a partir de outubro pretende fazer as cobranças do novo imposto. E o ministro Guido Mantega já "ameaçou" com novos aumentos da alíquota do IOF (imposto sobre operações financeiras) caso os preços da moeda americana não parem de cair.
Nesta sexta, no entanto, prevaleceu entre os agentes financeiros o desânimo com a economia americana. O PIB cresceu menos do que o previsto para o segundo trimestre, enquanto o crescimento dos primeiros três meses foi revisto para baixo.
O euro, que atingiu os preços de US$ 1,43 nesta semana, encerrou a sexta-feira negociado na casa de US$ 1,44.
Analistas também lembraram a influência habitual do final de mês na formação do preços. A taxa de câmbio do último dia útil sempre é objeto de disputa entre grandes agentes financeiros, por conta de suas "apostas" feitas no mercado futuro de moeda (BM&F).
Profissionais do setor financeiro já destacavam que para uma grande parcela desses agentes interessava a queda das cotações, o que pode ter contribuído para a desvalorização vista hoje. (Folha Online)
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