quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Presidente brasilera defende a adesão do Estado palestino à ONU


Quarta-feira, 21 de setembro de 2011.
Sob aplausos na sala de reunião da assembléia a presidente brasileira
afirmou: "Venho de um país onde árabes e judeus são compatriotas”

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que "chegou a hora" de um Estado palestino se converter em membro pleno das Nações Unidas, ao inaugurar a 66ª sessão da Assembleia Geral da ONU. "Chegou o momento de ter representada a Palestina a pleno título", afirmou Dilma, deixando clara a posição do Brasil em meio a intensas negociações para evitar uma crise diplomática pelo pedido de adesão dos palestinos à ONU. Segundo a presidente, o reconhecimento do Estado palestino ajudará a obter uma "paz duradoura no Oriente Médio" e "apenas uma Palestina livre e soberana" poderá atender aos pedidos de Israel por segurança. Por tradição, o Brasil inaugura os debates anuais da Assembleia Geral da ONU, e por isso Dilma foi a primeira chefe de Estado a falar na tribuna ante os líderes mundiais reunidos em Nova York, antes do presidente americano, Barack Obama. Essa também foi a primeira vez que uma mulher abriu a sessão, o que foi lembrado por Dilma. Além de Dilma e Obama, devem falar ao longo da manhã os presidentes do México, Felipe Calderón, da França, Nicolas Sarkozy, da Argentina, Cristina Kirchner, e da Colômbia, José Manuel Santos.
CRISE
Dilma alertou ainda que a crise econômica pode provocar uma "grave ruptura social e política" no mundo e pediu unidade para sair dela. A crise econômica pode se transformar numa "grave ruptura política e social", afirmou Dilma, acrescentando que o mundo se encontra numa situação "extremamente delicada" e ante uma "grande oportunidade histórica". "Ou nos unimos todos e saímos vencedores ou saímos todos derrotados", continuou. Rousseff disse ainda que já não interessa buscar responsáveis para a crise, e sim encontrar "soluções coletivas" e propôs "uma nova cooperação" entre os países desenvolvidos e emergentes. "O Brasil está fazendo a sua parte. Com sacrifício, mas com discernimento, mantemos os gastos do governo sob rigoroso controle, a ponto de gerar vultoso superávit nas contas públicas, sem que isso comprometa o êxito das políticas sociais, nem nosso ritmo de investimento e de crescimento", afirmou Dilma.

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