Segunda-feira, 02 de janeiro de 2012.
O mundo vai mesmo acabar, mas, resigne-se, isso não deve ser em 2012, como muita gente anda dizendo por aí, mas, certamente daqui a 1 bilhão de anos. Estudos apontam que no futuro, nosso planeta estará fadado à morte certa, devido a temperaturas escaldantes insustentáveis para a manutenção da vida.
O culpado
O envelhecimento do Sol fará com que os astro se expanda, colocando em risco os planetas (Foto Nasa/Divulgação) |
Segundo os cientistas o culpado será o Sol, a caminho de uma espécie de velhice estelar. Gustavo Rojas, astrofísico da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) diz que tal acontecimento “faz parte da evolução das estrelas do tipo do Sol. Quando o hidrogênio de seu núcleo vai acabando, a consequência é a estrela aumentar. Isso interfere em seu brilho e na energia que chega à Terra".
Saiba mais
Embora a presença de vida (ao menos por enquanto) seja exclusividade do Sistema Solar, nossa estrela é de um tipo bastante comum Universo afora. As estrelas são amontoados de gás incandescente, sobretudo hidrogênio. No núcleo, os átomos se chocam em um ambiente de altíssima pressão, desencadeando a chamada fusão nuclear. Esse processo gera muita energia e permite que a estrela tenha um tamanho estável. O problema é que esse combustível não dura para sempre e, à medida que ele vai acabando, outro elemento, o hélio (resultado da fusão do hidrogênio) começa ele mesmo a ser fundido. Essa substituição faz com que as camadas externas da estrela se expandam. É como se o calor se espalhasse pela extensão da estrela, que fica mais fria e, portanto, mais avermelhada. É esse futuro como gigante vermelha que espera o Sol daqui a pelo menos 5 bilhões de anos. Seu tamanho deverá aumentar em torno de 200 vezes, o suficiente para "engolir" Mercúrio, Vênus e, muito provavelmente, a Terra. As condições de vida por aqui, porém, irão se deteriorar bem antes disso. "Daqui a 1 bilhão de anos, com o aumento do brilho do Sol, os oceanos já terão evaporado. Até as rochas derreterão. A vida já terá acabado", diz Carolina Chavero, do Observatório Nacional, no Rio.
Alternativas estão sendo buscadas
Tudo isso ainda levará muito tempo para acontecer, mas já existem cientistas propondo alternativas à aniquilação da humanidade. Uma delas seria a migração. "A zona habitável [região em que há água no estado líquido] do Sistema Solar também mudará. Regiões antes muito frias vão esquentar", diz Gustavo Rojas. Uma boa primeira parada seria Marte. O "descanso", porém, seria temporário. O Sol logo começaria a fritar também a superfície marciana.
Mais longe
Em mais alguns bilhões de anos, o chamado cinturão de Kuiper, onde fica Plutão, é que terá condições ideais. Soluções mais malucas, como um guarda-sol para barrar parte da luz estelar, e até um complexo sistema que usaria a força gravitacional de cometas para "empurrar" a Terra para outra órbita, também já foram pensadas. Mas, que uma coisa é certa: o fim da vida na Terra, como a conhecemos, não tem data e hora, mas que vai acontecer, isto a ciência diz que vai, pode crer. Só que daqui a um bilhão de anos. (Folha Online/Ciência)
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