Quinta-feira, 28 de fevereiro
de 2013.
“Haverá justiça no mundo somente quando aqueles
que não forem injustiçados
se sentirem tão indignados quanto aqueles que o
forem” Solon
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Sólon, jurista, poeta e legislador grego é considerado um dos sete sábios
da Grécia antiga. Foi dele a frase, ainda atual: “Haverá justiça no mundo
somente quando aqueles que não forem injustiçados se sentirem tão indignados
quanto aqueles que o forem.” A sombria estratégia de domínio
da minoria é desunir a plebe, o suficiente para impedir desta qualquer tipo de
reação. Além da censura sempre presente, camuflada, mas presente distribui-se o
poder e o remunera bem para se fazer aplicar a lei (leonina), geralmente
imposta, como manda o texto, à maioria. Acredito que somente quando a educação
de qualidade chegar a todos teremos condições de vivenciar a tão almejada
evolução social. Agora não é difícil entender porque é que entra governo, sai
governo e a estrutura educacional evolui a passos de tartaruga. Não há
interesse da minoria dominante de que a plebe se instrua. A indignação pela
injustiça deveria ser igual entre atingidos ou não. Enquanto este sentimento
não for unanimidade seremos apenas protótipo de uma sociedade, facilmente
manipulada por aqueles que detêm o poder e dele se locupletam ao ponto de
nunca, jamais dele abrir mão. O que mais me entristece é que a maioria da plebe
que consegue se instruir, por força e sacrifício pessoal, acaba sendo absorvida
pelos polpudos salários que a estrutura de poder lhe oferece com o intuito de
sufocar a sua ideologia original. Classifico essa nova elite como de "pessoas
amordaçadas e anestesiadas pela sedutora ascensão de classes". É triste,
lamentável, mas real: o pensamento de Sólon revela que vivemos em uma sociedade
de injustiçados, pois não se consegue unir o sentimento de todos em torno do
não cumprimento individual da justiça. Não basta se indignar. É preciso ação,
pois como disse fé sem ação é verdade sem razão.
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