Quinta-feira,
14 de janeiro de 2015.
Após quase sete anos, as mães das vítimas ainda não tiveram o direito de uma resposta do Estado contra o ato que tirou a vida de seus filhos |
Não só como cidadão, mas como tio
de uma das vítimas da ocorrência de trânsito protagonizada pelo ex-deputado
Carli Filho deixo aqui meu voto de repúdio, de revolta, de protesto contra a
decisão do ministro presidente do STF de suspender mais uma vez o julgamento do
acusado. Não entendo que um membro de um Tribunal Superior ainda tenha que
atender pedido da defesa de suspender um julgamento após quase sete anos do
fato. Já não se discutiu o suficiente? Nulidade de provas? Cerceamento de
defesa? Qual a razão verdadeira deste caso insistir em não ir a julgamento? Não
são sete semanas, nem sete meses. São quase sete anos. Enquanto isso, a
sensação de impunidade continua a trazer luto a milhares de lares por este
Brasil afora. Somente aqui no Paraná, o final de 2015 e o início de 2016 foram
trágicos em nossas rodovias e a imprudência ao volante ainda tem sido a causa
determinante dessas ocorrências, entre elas aquelas ocasionadas por quem dirige
embriagado. O cidadão cometeu um crime de trânsito? Cometeu ou não cometeu? Sim
ou não? É inocente ou é culpado? O julgamento é que teria de dizer isso. É por
isto que existe lei, justiça e o julgamento é a execução prática do arcabouço
jurisdicional. Agora a Justiça se tornar refém do rito processual é demais. É
revoltante, pois não há o que nos convença do contrário: O jogo está sendo
jogado para que o acusado sequer vá a julgamento. Aí não importa o crime por
ele cometido.Se é culpado ou inocente. O que conta é o sistema processual a
serviço daquele que pode mais e não se permite ir a um julgamento. JoYa
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