segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Caso Carli Filho: como transformar um veículo em uma bomba letal



O Honda Fit foi apanhado por trás pelo Passat Alemão
 conduzido por Carli Filho a mais de 160 km/h em plena
via pública. Isto não é acidente! Olhem como ficou o carro
das vítimas. Não parece que foi atingido por uma bomba?
Embora a decisão do juiz Daniel Surdi de Avelar, que determinou que Carli Filho vá a júri popular, tenha sido um passo importante no processo, ela ainda não é definitiva.  Como era de se esperar, a defesa do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho entrou com um recurso para mudar a sentença que determina que o protagonista do evento que matou dois jovens em maio de 2.009, vá a júri popular. O advogado que representa o ex-parlamentar, Roberto Brezezinski Neto, disse que protocolou o recurso na última sexta-feira (21). Ele pede que seu cliente seja julgado pela justiça comum por ter cometido um crime de trânsito e não a júri popular, como decidiu o juiz Daniel Surdi de Avelar. A defesa vai para o tudo ou nada e solicita a desclassificação da acusação. A estratégia da defesa de Carli Filho é mudar a acusação de duplo homicídio com dolo eventual para culposo (quando o agente não tem a intenção de produzir o resultado), e levar o julgamento para as mãos do juiz da Vara de Delitos de Trânsito.
É preciso lembrar sempre que Carli Filho provocou a morte dos dois rapazes dirigindo a uma velocidade acima de 160 km por hora em via urbana. Repito: a mais de 160 km por hora em via urbana.  Ele transformou com esta atitude seu veículo em uma arma letal. Tanto é que não houve um acidente. O que aconteceu foi que ele destruiu o primeiro obstáculo que encontrou pela frente: o Honda Fit, de Gilmar Rafael Souza Yared, estraçalhando-o. Poderia ser este veículo, como qualquer outro obstáculo que aparecesse à sua frente: um poste, outro veículo ou até mesmo as casas situadas logo abaixo da curva existente pouco adiante do acidente. E tem mais dois agravantes, como se este não bastasse: dirigia bêbado e com carteira suspensa.
Sem dúvida, acidente não foi. Acidente é obra do acaso. Motorista que conduz seu carro a uma velocidade acima de 160 km por hora em via urbana não protagoniza acidente. Aciona uma bomba e a coloca em uma roleta russa com destino certo: a morte de si e (ou) de inocentes que certamente encontrará pelo caminho.

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