Caputo só pode estar brincando

Fachada do Hospital que Caputo quer fechar

Lembro bem das palavras do presidente da Associação Paranaense de Assistência ao Paraplégico, Antonio Andrigueto, quando da inauguração do primeiro Laboratório de Marcha Digital do Brasil no Hospital Ana Carolina Moura Xavier: “só quem tem alguma deficiência sabe da importância do Centro de Reabilitação. Aqui a pessoa com deficiência terá atendimento global humanizado até o término de sua reabilitação”.
Pois bem, o atual secretário de Saúde, Michele Caputo Neto, declarou em Guarapuava que pretende fechar o referido hospital. Segundo o secretário, apesar de ter sido inaugurado há quase três anos, o Hospital de Reabilitação não fez um internamento sequer até hoje, o que significa um ônus para o orçamento do Estado. O Michele só pode estar brincando com coisa séria. Ainda mais ele, uma pessoa ligada à saúde. O cidadão que acompanha meu Blog precisa saber da verdade. 
Um Hospital deste porte não se inaugura do dia para a noite. São precisos alguns anos para que toda a sua estrutura esteja totalmente funcionando. Primeiro o espaço físico. Isto foi feito. Depois a compra de equipamentos e contratação de pessoal, também dentro da etapa estabelecida.  Em 2008 o hospital foi inaugurado e os ambulatórios começaram a funcionar. No começo de 2010 os 64 leitos de enfermaria entraram em funcionamento, e posteriormente o centro cirúrgico e o laboratório de marcha. Segundo o planejamento, a implantação completa demandaria tempo , tempo este que ultrapassaria o mandato do governador Requião, para se chegar a todos os setores de tão importante obra, só encontrando similar no Sara Kubitschek, em Brasília. O que cabe agora ao governo Beto Richa é dar prosseguimento ao cronograma estabelecido e fechar o mesmo, entregando à população o mais moderno hospital de reabilitação do país. Sem dúvida, uma das mais importantes obras do setor de reabilitação física de todos os tempos.
O referido secretário precisa ser cobrado quanto à veracidade desta afirmação. Eu quero crer que foi alguma brincadeira de mal gosto. E, com coisa séria não se brinca!

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