Investir em saneamento básico é investir em saúde? |
O assunto é polêmico. Há os que acenam positivamente e os que discordam. Eu penso que investimento em saneamento básico, água tratada e esgoto é sim, investimento “preventivo” em saúde. A ferramenta utilizada pelos técnicos em administração que preconiza o planejamento, consagra o instrumento prevenção. Investir em saneamento básico é planejar para prevenir mal maior no futuro e que demandará menos gasto público com remédio, hospital, tratamento e profissional especializado.
E na merenda escolar, o que você acha? |
O mesmo pode-se falar da merenda escolar. Investimento em uma alimentação saudável a milhares de crianças nas escolas públicas é o melhor remédio para se combater a desnutrição infantil, principal causa de internamentos nos hospitais. É também,sim, investimento em saúde. Acontece que a União não aceita esses investimentos em Saúde e considerou o Paraná inadimplente por não aplicar os 12% na área, o que faz com que o Estado não consiga liberação de recursos federais, mesmo os que já tenham convênio assinado.
O governo Richa, através da PGE apresentou ação no Supremo Tribunal Federal alegando que, em 2009, o Estado investiu 12,08% em Saúde. Em reportagem que li hoje no site O Estado do Paraná Online (www.oestadodoparana.com.br), “o Paraná alega, na ação, que as restrições de em empréstimos federais apresenta “real prejuízo e perigo iminente na manutenção ou na prestação de serviços públicos essenciais à população paraense” e cita que não consegue liberação de recursos como, os do convênio celebrado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o Ministério de Esportes para a implantação de três núcleos de esporte educacional na UEL, que atenderiam 300 crianças e adolescentes.”
Esta popositura de ação não deixa de ser uma contradição ao discurso do “candidato” Beto Richa que na campanha condenava a inclusão do Saneamento Básico e da Merenda Escolar como investimento em saúde. Uma coisa é quando se é candidato; outra é quando se tem a responsabilidade de gerir um orçamento apertado como é o do Estado do Paraná. O caminho para o convencimento dos burocratas da "União" será longo e tortuoso. Melhor mesmo, por enquanto, é fechar a conta dos 12% sem os investimentos realizados em merenda escolar e saneamento básico. Rompe-se o bloqueio e depois, aí sim, tenta-se convencer a União do contrário. O que não pode é prejudicar a população com esta discussão mais burocrática, do que técnica. Cede hoje, para ganhar mais na frente.
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