Os atletas correm, mas não jogam |
Eu prefiro acreditar que quem ganha mesmo são os jogadores. Um treinador tem como principal função dar um padrão de jogo à equipe, isto é, organizar e motivar os atletas de forma que o conjunto trabalhe de forma ordenada em busca do resultado, a vitória. O desenho tático de uma equipe deve atender as características de cada jogador do elenco. Unindo tudo isto, é claro que um treinador tem função importante para o sucesso ou insucesso de uma equipe dentro de uma competição. Mas, dentro de campo, na hora em que o árbitro apita o início da partida, a responsabilidade é toda dos jogadores. E aí é que surge o problema do Paraná Clube, hoje. Com um elenco fraco tecnicamente, não venceu um jogo sequer na competição. Ontem perdeu em casa para o Operário. A fraca campanha é culpa do treinador ou do elenco? O mundo do futebol já prevê o que vai acontecer: Roberto Cavalo, o treinador, deverá sair. É mais fácil sacrificar um, do que o elenco todo. Mas, a saída do treinador não vai alterar a situação do tricolor, pois o fraco elenco continua. Para responder a pergunta se técnico ganha jogo, imaginemos que o treinador do início da temporada tenha sido Marcelo Oliveira, que treinou a equipe ano passado e foi dispensado também pelos mal resultados.A situação seria idêntica a de Roberto Cavalo. Hoje, o mesmo Marcelo treina o Coritiba, uma equipe mais estruturada e com jogadores de melhor potencial técnico. O time treinado por ele hoje é líder invicto do paranaense. Inclusive hoje à tarde venceu o Corinthians Paranaense de virada, por dois a um. O que aconteceu? Marcelo aprendeu a ser treinador ou lhe deram um elenco melhor?
A prova está aí. Técnico não ganha jogo. O elenco, sim. Mesmo com o possível sacrifício do bom “Cavalo”, os dirigentes do Paraná só vão salvar a equipe da terceira divisão este ano, se a reformularem. Milagre no futebol até pode existir em um lance ou outro, em uma partida ou outra, mas, não em toda uma competição, que para o Paraná Clube este ano está sombria.
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