Quarta-feira, 30 de março de 2011
Depois, não adianta lamentar... |
A vaidade do poder atrapalha, e como atrapalha. Se Beto Richa apoiasse Gustavo Fruet, o PSDB poderia com pureza de origem, governar absoluto no Paraná por muitos anos, com o governo do Estado e a prefeitura da capital em suas mãos. Richa teria então fôlego para cumprir um possível segundo mandato e após daria seqüência, pois teria um candidato fortíssimo para sucedê-lo: exatamente o prefeito de Curitiba, no caso, Gustavo Fruet, fortalecido com dois mandatos de prefeito (estaria à época, na metade do segundo mandato). Mas, tal não vai acontecer porque o governador tem um projeto pessoal de manutenção do poder, deixando o seu partido, o PSDB, em segundo plano, quando apóia Luciano Ducci. Com esta atitude, o PSDB certamente perderá um candidato com densidade eleitoral e pior, passa a tê-lo como adversário. A saída de Gustavo Fruet poderá custar caro ao “projeto de poder” do PSDB. Se não vejamos. É só uma hipótese, mas plausível. Fruet sai e vai para o PMDB, partido organizado em todas as regionais de Curitiba. A até então candidatura imbatível de Ducci à reeleição, passa a ter um adversário à altura. Com a união das correntes progressistas, Fruet toma o controle da capital que há muitos anos está com o mesmo grupo político. Esta conquista enfraquecerá num futuro bem próximo a pretensa reeleição de Richa, tendo o próprio Fruet como adversário, ou mesmo o senador Requião, que ainda tem fôlego para mais um embate. O mesmo pode acontecer, caso Gustavo decida ir para o PDT, de Osmar Dias, mudando é claro, os personagens, mas mantendo Fruet sempre como adversário dos Tucanos. Chegou a hora de Richa decidir se vale a pena correr o risco de ver seu futuro político comprometido por uma decisão absolutamente baseada em interesse pessoal e não partidário, ou apoiar a estrutura que o elegeu, sendo fiel aos interesses do partido que possui hoje (por enquanto) um candidato de forte densidade eleitoral na capital. Sem dúvida, o apoio do governador a Ducci poderá custar caro não somente ao PSDB, mas a ele próprio.
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