Domingo, 02 de outubro de 2011.
O professor de direito Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, que na última sexta-feira matou com três tiros Suênia Sousa Farias, 24 anos, sua ex-aluna após sair com ela de uma universidade particular de Brasília, e levou seu corpo até uma delegacia de polícia no Recanto das Emas, é descrito por alunos, ex-alunos e familiares como pacato e reservado. Formado há oito anos, Rendrik fez vários cursos de especialização e atualmente está cursando mestrado. No UniCeub e na Faculdade Projeção, onde era professor — ontem as duas instituições anunciaram que irão demiti-lo —, ele era visto como um profissional competente.
Mas o perfil tranquilo não se repetia no relacionamento que Rendrik manteve por quase um ano com a então aluna Suênia. De acordo com familiares dela, o professor era ciumento, controlador e possessivo. Após a separação, quando a jovem voltou a viver com o marido, Rendrik passou a ameaçá-la por telefone e a persegui-la no câmpus da universidade, segundo relatos dos parentes. Rendrik morava com a ex-mulher em um prédio residencial do Guará 1. Mudou-se de lá, segundo vizinhos, há cerca de dois meses, quando se separou. A família do assassino confesso é natural de Ituiutaba (MG), onde ele morou. Quando passou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o suspeito informou endereço em Uberlândia (MG). Só transferiu o documento para o Distrito Federal em 2007.
Surpresa
Os parentes do acusado o viam como uma pessoa tranquila. O militar Daniel Marchiori, que se apresentou como primo do professor, lamentou a atitude de Rendrik e não consegue entender o que o levou a cometer a barbárie (leia depoimento). Segundo ele, o advogado era estudioso desde a infância e tirava boas notas no colégio. Descrito como extrovertido e atencioso, ele participava com frequência de reuniões e eventos familiares.
No local de trabalho, ele também apresentava comportamento normal. Luísa Carmo Ferreira, 23 anos, estudante do 10° período de direito do UniCeub, teve aula com o professor na última quinta-feira, um dia antes de ele matar Suênia. “Ele entregou provas e estava aparentemente normal. Ele é muito tranquilo, jamais esperaria dele uma atitude dessas”, afirmou a jovem.
De acordo com Luísa, os alunos sabiam do envolvimento de Rendrik e Suênia e do término da relação dos dois. “Eles estavam um pouco afastados. Mas eu não a conhecia”, disse. Suênia Faria cursava o 7° semestre. Luísa conta ainda que o professor não falava sobre sua vida pessoal. “Ele era muito profissional e discreto. Chegava, sistematizava a aula no quadro. Explicava bem a matéria, era um excelente professor”, relatou ela, que tinha aulas de defesa da Constituição com Rendrik.
Mariana Vecchi Mendes, 23 anos, recém-formada em direito pelo UniCeub, estudou direito empresarial com o professor no ano passado. Ela também guarda a imagem de um homem calmo. “Ele não tinha intimidade com os alunos, não falava sobre si. Era ótimo professor, sempre pontual. Não sei se era casado ou morava com alguém, mas na época ele usava aliança”, recordou.
Mas o perfil tranquilo não se repetia no relacionamento que Rendrik manteve por quase um ano com a então aluna Suênia. De acordo com familiares dela, o professor era ciumento, controlador e possessivo. Após a separação, quando a jovem voltou a viver com o marido, Rendrik passou a ameaçá-la por telefone e a persegui-la no câmpus da universidade, segundo relatos dos parentes. Rendrik morava com a ex-mulher em um prédio residencial do Guará 1. Mudou-se de lá, segundo vizinhos, há cerca de dois meses, quando se separou. A família do assassino confesso é natural de Ituiutaba (MG), onde ele morou. Quando passou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o suspeito informou endereço em Uberlândia (MG). Só transferiu o documento para o Distrito Federal em 2007.
Surpresa
Os parentes do acusado o viam como uma pessoa tranquila. O militar Daniel Marchiori, que se apresentou como primo do professor, lamentou a atitude de Rendrik e não consegue entender o que o levou a cometer a barbárie (leia depoimento). Segundo ele, o advogado era estudioso desde a infância e tirava boas notas no colégio. Descrito como extrovertido e atencioso, ele participava com frequência de reuniões e eventos familiares.
No local de trabalho, ele também apresentava comportamento normal. Luísa Carmo Ferreira, 23 anos, estudante do 10° período de direito do UniCeub, teve aula com o professor na última quinta-feira, um dia antes de ele matar Suênia. “Ele entregou provas e estava aparentemente normal. Ele é muito tranquilo, jamais esperaria dele uma atitude dessas”, afirmou a jovem.
De acordo com Luísa, os alunos sabiam do envolvimento de Rendrik e Suênia e do término da relação dos dois. “Eles estavam um pouco afastados. Mas eu não a conhecia”, disse. Suênia Faria cursava o 7° semestre. Luísa conta ainda que o professor não falava sobre sua vida pessoal. “Ele era muito profissional e discreto. Chegava, sistematizava a aula no quadro. Explicava bem a matéria, era um excelente professor”, relatou ela, que tinha aulas de defesa da Constituição com Rendrik.
Mariana Vecchi Mendes, 23 anos, recém-formada em direito pelo UniCeub, estudou direito empresarial com o professor no ano passado. Ela também guarda a imagem de um homem calmo. “Ele não tinha intimidade com os alunos, não falava sobre si. Era ótimo professor, sempre pontual. Não sei se era casado ou morava com alguém, mas na época ele usava aliança”, recordou.
Um advogado que foi aluno do professor assassino em 2008, quando ele lecionava na UDF — instituição na qual Rendrik se formou em direito, em 2003 —, afirmou ter ficado chocado com a notícia do crime. “Custei a acreditar que era ele quando soube pela imprensa. Jamais pensei que uma pessoa tão tranquila e calma faria essa crueldade, jogando fora todo um futuro brilhante. Ainda mais o Rendrik, conhecedor do direito, que sabe de todas as consequências desse ato”, disse o rapaz, que pediu para não ser identificado. “Ele era atencioso com todos os seus alunos e extremamente organizado. Quanto à sua vida particular, jamais tocou nesse assunto.”
O assassinato da estudante Suênia Sousa Faria repercutiu na internet. As reações de alunos
eram de surpresa e incredulidade. “Rendrik Vieira Rodrigues foi meu professor de comercial. Tranquilo, correto, bom professor. Estou chocada com a notícia. Lamentável”, postou Simone Alves no Twitter. “Que caso louco esse do crime cometido pelo professor Rendrik. O cara era um dos meus melhores professores!”, escreveu Jadille Correa, também por meio do microblog. “Tô (sic) até agora de cara com a história de o professor Rendrik ter matado a aluna”, completou Mila Lopes.
Depoimento
“Como uma coisa dessas foi acontecer? Ficamos todos surpresos com essa história, a família está abalada. O Rendrik era tranquilo, carinhoso e muito atencioso com os alunos. Ele não era de brigar. Nunca vi ele ter uma reação agressiva com ninguém. Além disso, não tinha qualquer envolvimento com drogas. Tinha o comportamento extremamente correto. A vida dele era com a família e com o trabalho. Ele se dedicava bastante à carreira de docência, ministrava cursos de direito fora de Brasília. Também viajava muito para Minas Gerais, para visitar a nossa avó e os pais dele, quando eles moravam em Uberlândia (MG). O Rendrik era muito comunicativo e extrovertido, nunca deu problema em nada. A gente fica sem conseguir acreditar que o Rendrik fez uma coisa dessas. Agora, ele estragou a vida dele.”
Daniel Marchiori, 30 anos, militar e primo de Rendrik. (Correio Braziliense)
O assassinato da estudante Suênia Sousa Faria repercutiu na internet. As reações de alunos
eram de surpresa e incredulidade. “Rendrik Vieira Rodrigues foi meu professor de comercial. Tranquilo, correto, bom professor. Estou chocada com a notícia. Lamentável”, postou Simone Alves no Twitter. “Que caso louco esse do crime cometido pelo professor Rendrik. O cara era um dos meus melhores professores!”, escreveu Jadille Correa, também por meio do microblog. “Tô (sic) até agora de cara com a história de o professor Rendrik ter matado a aluna”, completou Mila Lopes.
Depoimento
“Como uma coisa dessas foi acontecer? Ficamos todos surpresos com essa história, a família está abalada. O Rendrik era tranquilo, carinhoso e muito atencioso com os alunos. Ele não era de brigar. Nunca vi ele ter uma reação agressiva com ninguém. Além disso, não tinha qualquer envolvimento com drogas. Tinha o comportamento extremamente correto. A vida dele era com a família e com o trabalho. Ele se dedicava bastante à carreira de docência, ministrava cursos de direito fora de Brasília. Também viajava muito para Minas Gerais, para visitar a nossa avó e os pais dele, quando eles moravam em Uberlândia (MG). O Rendrik era muito comunicativo e extrovertido, nunca deu problema em nada. A gente fica sem conseguir acreditar que o Rendrik fez uma coisa dessas. Agora, ele estragou a vida dele.”
Daniel Marchiori, 30 anos, militar e primo de Rendrik. (Correio Braziliense)
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