Quarta-feira, 05 de outubro de 2011.
As mulheres fumantes sofrem ataques cardíacos mais cedo que os homens com o mesmo hábito e têm mais chances de complicações nos meses após o ataque, diz estudo publicado na terça-feira (4) pela Universidade de Michigan.
O estudo realizado pelo Centro Cardiovascular da universidade foi antecipado na edição digital da revista "American Journal of Cardiology".
Nos Estados Unidos o número de mulheres fumantes é menor que o de homens, mas o estudo demonstra que as consequências são piores para elas.
Os fumantes são de duas a quatro vezes mais propensos que os não fumantes a desenvolver doenças cardíacas. "A síndrome coronária aguda pode ser diferente e a carga aterosclerótica pode ser maior para as mulheres", diz Jackson.
O tabagismo reduz a circulação porque estreita os vasos sanguíneos e contribui para uma acumulação de placa aterosclerótica (depósito de matéria gordura) nas paredes das artérias.
O cinema influenciou o vício do tabaco em todo o mundo |
De acordo com esses dados, 24% dos pacientes eram fumantes ativos, e entre os fumantes o gênero apareceu como um fator de risco significativo para complicações após um ataque cardíaco.
As mulheres, segundo Howe merecem cuidado especial, após acidente coronário agudo (foto/Arquivo Pessoal) |
O surpreendente para os autores é que seis meses depois da afecção cardíaca, 13,5% das fumantes precisou de tratamento de emergência para restabelecer o fluxo sanguíneo, contra 4,4% dos homens fumantes.
De acordo com Howe, as diferenças nos resultados entre as mulheres fumantes "podem refletir diferenças biológicas inerentes entre os gêneros, ou possivelmente o tratamento médico menos agressivo que se dá às mulheres, que foi descrito por outros pesquisadores".
"Em qualquer caso, isso enfatiza claramente a necessidade de que os médicos sejam mais conscientes e atentos, em particular com das mulheres, após um incidente coronário agudo", acrescentou. (EFE)
No Rio de Janeiro, aguardando embarque para a Itália, ansiosos, meu pai e milhares de pracinhas adquiriam o hábito de fumar (Foto/Arquivo da FEB/Força Expedicionária Brasileira) |
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