sábado, 8 de outubro de 2011

Ricardo Gomes admite 'burrice' por AVE e planeja volta em fevereiro de 2012


Sábado, 08 de outubro de 2011.
Ricardo Gomes reconhece que errou ao não
tomar remédio para controlar a pressão
(Foto Marcelo Regua/Associated Press)
Errar é humano; persistir no erro é burrice! Baseado nessa máxima, o técnico Ricardo Gomes, do Vasco, disse que foi 'burro' por não tomar remédios para controlar a pressão, em entrevista ao jornal 'Extra'. Segundo o comandante, o AVE (Acidente vascular encefálico) sofrido no último 28 de agosto poderia ter sido evitado. Ele lembrou a morte do seu pai, aos 66 anos, ocasionada também por um acidente vascular.
"Ele [pai do técnico] morreu vítima de um AVC [Acidente vascular cerebral], aos 66 anos. Hoje, teria 86. Mas fui negligente. Tudo isso aconteceu porque fui burro. Tenho que ter mais cuidado. Eu não tomava remédio de pressão. E isso é tão simples", admitiu.
O treinador falou sobre sua volta ao trabalho. Gomes pretende voltar em fevereiro, a tempo de comandar a equipe na Libertadores-2012. Sobre a recuperação, o técnico disse que está evoluindo. Porém, ainda não consegue sair de casa e não tem sensibilidade nos membros direitos. Ele comentou que se locomove com auxílio de muletas e que durante sua recuperação chegou a perder 10 kg. Gomes ainda admitiu que pretende ir a São Januário, como torcedor, nas últimas rodadas do Brasileiro.
"Se eu conseguir, será ótimo. Vou tentar. Mas estou vendo todos os jogos pela televisão. Comecei a assistir ainda no CTI, quando o Vasco enfrentou o Figueirense", disse. "O Cristóvão Borges [técnico interino] está indo muito bem. Está de parabéns. O Vasco é líder. Isso não é fácil. Se passar pelo Inter [neste domingo], acredito que o time vai longe".
O treinador rechaçou que tenha sofrido o AVE por nervosismo. O acidente vascular ocorreu durante o clássico contra o Flamengo, no Engenhão, na 19ª rodada do Brasileiro. No dia, seu estado chegou a ser considerado gravíssimo.
"Senti uma coisa estranha. Um formigamento, mas muito forte. Ali, eu já sabia... O negócio foi pesado. Lembro de tudo, mas apaguei ainda no Engenhão. Eu não estava nervoso. Não fico nervoso, não. Os médicos dizem que o AVC não teve nada a ver com o jogo. Aquilo já estava programado", concluiu. (Folha Online)

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