Quinta-feira, 22 de março de 2012.
Jorge Grando, uma das vítimas da chacina, quase um ano sem solução |
Um dos casos mais violentos registrados em 2011 na Grande Curitiba segue sem solução. No dia 22 de abril completa-se um ano da Chacina de Piraquara, quando cinco homens foram amarrados e mortos com tiros na cabeça, em um loteamento de chácaras naquele município da região metropolitana de Curitiba. Entre as vítimas estavam o dono da propriedade, o ambientalista Jorge Grando; o irmão dele, Luis Carvalho Grando; Albino Silva, funcionário da Sanepar; Gilmar Reinert, empresário; e Valdir Vicente Lopes, agente da Penitenciária Central do Estado.
A imagem chocante dos corpos dos amigos executados friamente |
Em entrevista à Rádio Banda B, nesta quinta-feira (22), o delegado responsável pela Delegacia de Piraquara, Amadeu Trevisan de Araújo, contou que existem inúmeras teses e que o caso nunca foi esquecido. “Inclusive nesta semana tivemos um avanço com o pedido da quebra de sigilo bancário de um suspeito. Nunca paramos de trabalhar e esperamos uma solução”, disse. Na entrevista, o delegado passou as três principais teses investigadas:
Tese 1: Um assalto que terminou na execução das cinco pessoas, que teriam reagido à ação.
A chácara de Grando, um lugar tranquilo deu lugar a uma cena dantesca |
Tese 2: Esta hipótese tem como pivô o agente da Penitenciária Central do Estado, Valdir Vicente Lopes. Segundo a polícia, a chacina aconteceu numa data em que alguns presos haviam ganhado a liberdade para passar o feriado da Páscoa com seus familiares. Desta forma, existe a possibilidade do caso ser um assalto e um dos bandidos, que seria um condenado, teria reconhecido o agente penitenciário. Com isso, não teria tido alternativa que não fosse a execução.
Ambientalistas e amigos, grupo amava a natureza |
*A tese de um assalto ganha força nas investigações uma vez que crimes semelhantes aconteceram na região da chácara de Grando. Pessoas foram amarradas e casas reviradas depois da chacina em outras propriedades, a diferença é que ninguém foi morto, o que também faz crescer a hipótese do assaltante ter reconhecido uma das vítimas, no caso o agente penitenciário.
Tese 3: Esta hipótese trabalha com a única intenção de matar. Os responsáveis, motivados por vingança, teriam ido até a chácara de Grando para realizar a execução.
De concreto, apenas as teses e nenhuma solução. Um ano depois, ninguém foi preso suspeito de participar do crime. (Banda B)
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