Segunda-feira, 19 de março de 2012.
É o fim da picada. Jérôme Valcke, o "francês grosseiro” disse o que disse e mesmo assim, alheio à reação negativa junto ao governo brasileiro, a entidade mantém o indivíduo à frente da organização da Copa em nosso país. Certa ou não, a declaração demonstra desrespeito e falta de bom senso para um cargo tão importante. Ao manter o cidadão no cargo, Blatter demonstrou puro descaso com nossas autoridades. Merecíamos melhor tratamento?
Notícia que motivou o comentário
Blatter não dá bola à reação dos brasileiros e diz que Valcke segue representando a entidade na organização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil (Foto Ricardo Moraes/Reuters) |
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta segunda-feira (19)que o secretário-geral Jérôme Valcke segue sendo o representante da entidade na organização da Copa do Mundo de 2014. Há pouco mais de duas semanas, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, havia exigido que a Fifa tirasse o francês do papel de interlocutor com o governo brasileiro, depois que ele teceu duras críticas ao andamento das obras para o Mundial. Na sexta-feira passada, Blatter se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e, depois do encontro, evitou responder se Valcke ainda era o interlocutor com o governo brasileiro. "Jérôme Valcke continua trabalhando para a Fifa", afirmou, na ocasião, deixando a dúvida no ar. Em nota divulgada nesta segunda-feira, Blatter foi mais enfático e garantiu a permanência do francês à frente da preparação para a Copa. "Não há nenhum problema entre o presidente da Fifa e o secretário-geral da entidade. Jérôme Valcke continua com todas as suas atividades na secretaria-geral, incluindo a preparação para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil." Valcke, sempre bastante crítico com relação à organização da Copa no Brasil, causou polêmica ao afirmar, em 2 de março, que os organizadores do Mundial de 2014 deveriam levar "um chute no traseiro" para acelerar a construção dos estádios e as obras de infraestrutura. Rebelo respondeu afirmando que "o governo não pode ter mais o secretário-geral como interlocutor". Valcke, depois, pediu desculpas pelo ocorrido e culpou um erro de tradução pela crise. O governo brasileiro aceitou as desculpas, com a ressalva de que "declarações como a de Valcke não podem voltar a se repetir."Para amenizar a crise, que causou até mesmo o cancelamento de uma visita de Valcke ao Brasil, Blatter veio a Brasília na sexta-feira e foi recebido pela presidente Dilma no Palácio do Planalto. Acompanharam a reunião também o ministro do Esporte, Aldo Rebelo e os ex-jogadores Ronaldo Nazário - membro do Comitê Organizador Local - e Pelé, escolhido pelo governo brasileiro para ser o embaixador da Copa. (Agencia Estado)
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