sexta-feira, 23 de março de 2012

Polícia Federal investiga participação de dono de site racista em assassinatos na Grande Curitiba

Sexta-feira, 23 de março de 2012.
Emerson era dono de um site racista e homofóbico que fazia
apologias a crimes graves (Foto Divulgação da Polícia Federal)
A Polícia Federal (PF) investiga a participação do técnico em informática Emerson Eduardo Rodrigues, de 32 anos, em assassinatos cometidos na capital paranaense. O acusado foi preso na quinta-feira (22) durante a Operação Intolerância deflagrada pela PF. Ele era dono de um site racista e homofóbico que fazia apologias a crimes graves e, inclusive, teria orientado o matador Wellington a realizar o Massacre do Realengo, no qual doze crianças foram mortas. A assessoria de comunicação da PF confirmou que Emerson está sendo investigado por participações em homicídios que ocorreram em Curitiba.
A prisão
A prisão aconteceu depois que a Polícia Federal identificou dois homens de Curitiba e Brasília que há meses vinham postando na internet mensagens de apologia de crimes graves e da violência, sobretudo contra mulheres, negros, homossexuais,  nordestinos e judeus. Emerson Eduardo Rodrigues e Marcelo Valle Silveira Mello colocavam as mensagens  criminosas no site silviokoerich.org. Os dois tiveram a prisão preventiva decretada e os mandados foram cumpridos ontem (22), durante a fase ostensiva da chamada “Operação Intolerância”.
A denúncia de internautas foi fundamental para a prisão dos acusados, conforme contou o delegado Fluvio Cardinelli. “Mais de 70 mil denúncias crimes contra o site. Pregavam extermínio, tinha aversão as mulheres e queriam o estupro corretivo contra lésbicas. Além disso, colocavam no site imagens pornográficas contra crianças e de pessoas decaptadas. Ficamos gratos com as denúncias da população”, relatou.
Investigações
As investigações foram conduzidas pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Cibernéticos, uma Unidade Especializada da PF, foram feitas a partir de inúmeras denúncias relacionadas ao conteúdo discriminatório do site. O Ministério Público Federal e à ONG SaferNet também receberam pedidos de providências a respeito do conteúdo criminoso do site investigado, um número recorde da participação de populares no controle do conteúdo da internet brasileira.


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