segunda-feira, 19 de março de 2012

Se você pensa que viu de tudo: Pai é acusado de pedir dinheiro para tratamento do filho e ficar com a grana


Segunda-feira, 19 de março de 2012.
Pai safado pedia dinheiro para filho doente e ficava com a grana
(Foto Heliberton Cesca / Gazeta do Povo)

Celso Luiz Marques, de 38 anos, foi preso, neste fim de semana, acusado de estelionato por pedir dinheiro em locais movimentados de Curitiba para tratar um câncer cerebral do filho. Ele usaria fotos do menino doente para sensibilizar as pessoas. Porém, ao invés de utilizar o montante arrecadado para comprar remédios e ajudar na subsistência da criança, ele ficaria com a grana. Celso foi detido no bairro Tatuquara, próximo a Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa). Ele disse que não vê o filho há cinco anos. O caso vinha sendo investigado há três meses depois que a mãe do menino procurou a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (Dedc) para denunciar o ex-companheiro. “A mãe veio aqui com a criança. Foram ouvidas pessoas que contribuíam com ele (o pai). Teve gente que dava até R$ 300”, contou o delegado titular da Dedc, Cassiano Aufiero. Marques foi preso acusado de abandono de incapaz e por submeter menor a constrangimento, além de estelionato. O delegado informou que é difícil estimar quando o homem arrecadava utilizando a doença do filho, mas declarou que havia até um sistema de arrecadação organizado em algumas empresas. Nestes locais, Marques teria deixado “caixinhas” para arrecadar doações e, de tempos em tempo, passava para recolher o dinheiro.
Proibido
Durante a apresentação, Marques tentou justificar-se. Ele disse que não teria abandonado o filho, mas que a mãe da criança impediria que ele tivesse contato com o menino. “Depois que ele saiu do hospital, nunca mais vi ele”, contou o homem preso afirmando que isso aconteceu há cinco anos. Ele disse que reuniria o dinheiro para dar ao filho, mas como a mãe impedia de vê-lo acabou ficando com o dinheiro. “Hoje tenho outra família.” Segundo ele, a arrecadação acontecia há quatro anos. (Gazeta do Povo)

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