quarta-feira, 8 de junho de 2011

Hospitais privados de Curitiba sentem efeitos da greve dos trabalhadores do setor


Quarta-feira, 08 de junho de 2011.
A greve dos trabalhadores de saúde dos hospitais privados de Curitiba e região, que começou na terça-feira (7), ganhou a adesão de funcionários de vários hospitais. Praticamente todos já sofrem com a falta de profissionais para os atendimentos. Vários precisaram cancelar procedimentos.
Segundo a assessoria de imprensa do hospital Pequeno Príncipe, 45% dos funcionários do turno da noite não compareceram ao trabalho. Como a falta de profissionais colocaria em risco as crianças internadas, a direção do hospital optou por estender o turno dos funcionários da tarde e pedir para funcionários da manhã que entrassem mais cedo.
O hospital afirma que 40% dos funcionários da enfermagem não trabalharam no turno da manhã. Com o remanejamento de profissionais, o hospital conseguiu realizar 17 das 19 cirurgias programadas para hoje. Porém, outros setores precisaram cancelar procedimentos.
Já, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc) afirma que, nesta manhã, 60% dos profissionais do hospital infantil não estão trabalhando. Na Santa Casa, a adesão é de 50%, sendo que duas UTIs cardiológicas foram fechadas e todas as cirurgias eletivas foram suspensas.
No Cajuru, o Sindesc diz que a adesão é de 20%, enquanto o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Sindipar) aponta 48%. A instituição enfrenta dificuldades para atender todos os setores.
No Evangélico, de acordo com a assessoria de imprensa da própria instituição, a paralisação está afetando principalmente o centro cirúrgico. Todas as 25 cirurgias eletivas que estavam marcadas foram suspensas.
Outros hospitais afetados pela paralisação são o Nossa Senhora das Graças, Sugisawa, Vita Batel, Santa Cruz, Instituto do Rim, Nossa Senhora de Fátima e Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO). Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), também sentem os efeitos da greve os hospitais Angelina Caron e de Campo Largo.
Durante a tarde, prometem entrar em greve os funcionários da Maternidade Alto Maracanã, em Colombo.

Reivindicações

A categoria reivindica um reajuste salarial que inclui a reposição da inflação (6,3%) e mais 10% de aumento real, além de uma correção de 28% sobre os pisos salariais.
Segundo o Sindesc, os profissionais querem também um aumento de R$ 148,00 sobre o valor pago pelo adicional de insalubridade e a redução da carga de trabalho para 30 horas semanais para as equipes de enfermagem e 40 horas para os servidores administrativos, além do pagamento de auxílio odontológico e seguro de vida.
Para o Sindipar, a negociação vinha ocorrendo normalmente até a última semana. A proposta feita pela entidade patronal, recusada pelos trabalhadores, foi de 8,5% de reajuste nos pisos até janeiro de 2012. Os hospitais ofereceram também reajuste de 6,5% para profissionais que não possuem piso salarial e aumento de 30% no valor do vale alimentação, que passaria de R$ 130,00 para R$ 170,00. (www.oestadodoparana.com.br)

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