segunda-feira, 12 de março de 2012

"Uso de Facebook por advogado para notificar delegado é normal, porém não convencional", diz OAB

Segunda-feira, 12 de março de 2012.
Facebook vem ultrapassando os limites das redes sociais: diálogo entre
advogado e delegado ficou aberto ao público (Montagem Banda B)
O uso do Facebook pelo advogado criminalista Elias Mattar Assad, no último sábado (10), para avisar o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios (DH), sobre a apresentação de um indiciado, foi considerada normal, apesar de não ser convencional, pela  Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR). Segundo Eduardo Sanz de Oliveira e Silva, vice-presidente da Comissão de Advocacia Criminal da OAB-PR, a ferramenta pode ter sido utilizada para adiantar o processo.
 “Era sábado e provavelmente ele não tinha os contados do delegado. Então foi usada esta ferramenta para avisar o Recalcatti o mais rápido possível. Não foi formalizado nada ali, o delegado deixou claro que só iria considerar a petição formal. Foi uma conversa inicial”, disse.
Eduardo preferiu não comentar se Assad poderia ter usado outros meios para procurar o delegado. “Não posso afirmar que fez isso por marketing. Ele usou uma ferramenta para adiantar o processo. O fato é que isso pegou a todos de surpresa, principalmente na mídia, por ser algo raro de acontecer”, disse.
Questionado pela reportagem sobre o motivo de Assad não ter mandando uma mensagem particular para o delegado via Facebook, Eduardo também preferiu não opinar. “Não sei qual a intenção. O que posso dizer é que não foi convencional, como já falei”, concluiu.
O caso
O Facebook vem ultrapassando os limites das redes sociais. Neste sábado (10), um comunicado entre um advogado de defesa e um delegado, feito no site de relacionamentos, mostrou mais uma utilidade da internet. No início da tarde, o advogado Elias Mattar Assad enviou uma mensagem no mural do delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios de Curitiba, informando que um de seus clientes, acusado de assassinato, se apresentaria para prestar esclarecimentos.
O crime
Policial Militar Marcelo Silva Alves, acompanhado do advogado criminalista
Elias Mattar Assad se apresentou hoje na DH e alegou legítima defesa
(Foto Átila Alberti/Paraná Online)
O cliente de Mattar Assad é Marcelo Silva Alves, 30 anos, policial militar. Ele é acusado de protagonizar os fatos registrados na última quinta-feira (8), na saída da casa noturna Rancho Brasil, quando Fábio Skora, 31, também PM, foi morto a tiros. Mattar Assad alega, na postagem feita no mural do delegado, que seu cliente teme represálias, já que a vítima era um colega de farda.
O diálogo entre advogado e delegado ficou aberto ao público, já que o mural de ambos é liberado para visitação de qualquer usuário da rede social, não precisando fazer parte da lista de amigos. O fato chamou atenção de outras pessoas e pelo menos sete comentários foram feitos abaixo da postagem, a maioria elogiando a iniciativa. Porém, comentários de amigos do policial morto apareceram logo em seguida no mural de Recalcatti. Eles pedem empenho do delegado na prisão de Alves. (Notícia colada na íntegra/ Autoria de Luiz Henrique de Oliveira /Site Banda B)


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