Entenda como Nelson Justus, apesar das denúncias, chegou à presidência da CCJ

Deputado Nelson Justus

O deputado Nelson Justus (DEM) foi oficializado na presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná, considerada a mais importante da Casa.

Nelson Justus disse que a indicação dele para a presidência da CCJ partiu de um entendimento de todos os partidos.

O deputado do DEM presidiu a Assembléia até janeiro último, cargo que ocupava desde 2007. No ano passado, sua administração foi seriamente abalada pela série de denúncias que revelaram contratações de funcionários “fantasmas” através de atos secretos. Ele sempre negou responsabilidade nas irregularidades, atribuindo os problemas ao grupo do ex-diretor geral, Abib Miguel, o “Bibinho”, que ocupava o cargo há mais de 30 anos.

* Entenda como Justus, apesar das denúncias, chegou à presidência da CCJ. Primeiro, nega a autoria das acusações. Quem acusa terá de provar. Isto mantém o político “vivo” para seguir adiante. Vêm as eleições e o povo o reconduz ao cargo de deputado. Eleito, toma posse. Diante da nova legislatura, as articulações de sempre: o DEM foi um dos primeiros partidos a declarar apoio a Rossoni, depois que o deputado Durval Amaral (DEM) saiu da disputa, após ser nomeado chefe da Casa Civil pelo governador Beto Richa (PSDB). Em troca, os Democratas exigiram manter o comando da CCJ, e indicaram Justus. Justus aceita. E hoje foi oficializado na presidência da mais importante Comissão da Casa de Leis do Estado do Paraná, a Comissão de Constituição e Justiça. Nada disto teria acontecido se o povo não tivesse reconduzido Nelson Justus ao cargo. Isto posto, não se discute mais politicamente. As denúncias deverão agora ser tratadas na esfera judicial, a passos de tartaruga, como sempre. O rito processual assim nos impõe.

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