O governo federal deu sinal verde para que os governos do Paraná e do Mato Grosso do Sul tomem as primeiras medidas para levar adiante o projeto de um ramal ferroviário interligando as malhas ferroviárias dos dois estados. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (16), em Brasília, durante reunião entre os governadores Beto Richa e André Puccinelli (MS) e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Na reunião ficou decidido que os estudos de viabilidade para a execução da obra serão contratados pela estatal Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A. O primeiro passo para isso é a elaboração do termo de referência, já autorizada pelos dois governadores, e que deverá ficar pronto em 30 dias. O novo ramal ferroviário será uma extensão da Ferroeste, que passará por Guairá e vai chegar a Maracaju (MS). A intenção é lançar o edital de licitação do projeto ainda no primeiro semestre deste ano.
* A privatização do sistema ferroviário federal foi um tiro que não acertou o alvo desejado. Os investimentos não foram os esperados, a modernização não aconteceu, o frete não é competitivo como deveria ser, o transporte de passageiros brecou na falta de vagões confortáveis e as locomotivas continuam lentas e ultrapassadas. E sem contar com os traçados antigos e perigosos. A Ferroeste é uma exceção. Construída pelo governo paranaense em parceria com o Exército, a ferrovia precisa que seu trecho inicial ligando os municípios de Guarapuava, Cascavel, Guaíra e Foz do Iguaçu, na Região Oeste, seja ampliado. As ligações Cascavel-Mato Grosso e Guarapuava-Paranaguá trarão um desenvolvimento como nunca antes se viu em toda a área de influência da ferrovia. Aliás, houve um grande equívoco histórico quando o governo brasileiro priorizou o transporte rodoviário, em detrimento do modal ferroviário. Este equívoco não só precisa, deve ser corrigido!
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