Quarta-feira, 13 de abril de 2011.
Os deputados da Comissão de Transporte e Comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná visitaram, na manhã desta terça-feira, a empresa Consilux que fabrica e administra os radares de Curitiba e constataram que, apesar de o prefeito Luciano Ducci (PSB) ter anunciado há cerca de um mês o rompimento do contrato com a empresa após a denúncia do programa Fantástico da Rede Globo, sobre fraudes em licitações e possibilidade de manipulação das multas, a empresa continua trabalhando normalmente para a prefeitura.
"Declaração de rompimento foi um blefe" |
“Fomos recebidos pelo presidente da empresa, Aldo Vendramin, que contou que nada mudou na forma de trabalhar da Consilux de um mês para cá”, disse o deputado Tadeu Veneri (PT). “Ele disse que não há rompimento de contrato pois, até hoje, não foi notificado disso. Não há nenhum ato assinado pela prefeitura que determine esse rompimento”, acrescentou. O deputado contou, também que Vendramin adiantou que se houver rompimento no contrato, válido por mais um ano, irá questionar na Justiça.
Veneri discordou até da justificativa dada pela Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) de que a empresa pública estaria assumindo gradualmente o controle do sistema. “Não mudou nada. É a Consilux que está operando tudo. E para a Urbs adquirir a tecnologia e ter os técnicos capacitados a operar o sistema, levaria quase um ano”, disse o deputado, que considerou a declaração de rompimento de contrato um blefe do prefeito. (www.oestadodoparana.com.br)
Quem não deve, não teme, Ducci |
* Um tremendo desrespeito de Luciano Ducci à população de Curitiba. Como espera sufragar nas urnas seu nome agindo desta forma? Quem não deve não teme. As denúncias do Fantástico escancararam um sistema que pode ser manipulado conforme o interesse das partes, menos, é claro, o do conjunto da população que paga a conta duas vezes: a do contrato, através dos impostos, e a do próprio sistema em si, com as multas arrecadadas.
Aonde estão as imagens do carro de Carli? |
Mas a pergunta que não quer calar: se um cidadão passa a 70 km/h por um radar, em 15 dias, no máximo, a multa chega em sua casa para pagar. Porque é que então os radares não focalizaram o carro de Carli Filho e o outro que vinha atrás dele. Racha ou perseguição, testemunhas afirmaram que viram o segundo carro. As testemunhas sumiram, assim como as imagens dos radares. Por isso não há como acusar este ou aquele. O Carli só apareceu porque matou duas pessoas ao colidir o veículo que conduzia a mais de 160 km/h em plena via urbana, cheia de radares. Mas, aonde foram parar as imagens? Será que o prefeito Luciano Ducci se preocupou em saber as razões que a Consilux não as tenha. E o próprio prefeito à época, Sr. Beto Richa? O que há por trás deste sumiço? Porque é que com todas as denúncias do Fantástico, essa empresa ainda continua no controle da operação do sistema? Até quando o dinheiro e o poder que ele dá estarão acima das instituições? Quem nessa sociedade organizada, enfim está do lado verdadeiramente dos interesses do povo?
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