Sexta-feira, 03 de maio de 2011.
PSDB teme custo eleitoral de fala de FHC sobre maconh. O discurso do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela descriminalização da maconha tornou-se uma preocupação eleitoral para alguns dos principais nomes de seu partido, o PSDB. De acordo com o texto, a defesa da adoção de políticas alternativas para usuários de drogas ganhará mais destaque a partir de hoje com a estreia do documentário "Quebrando o Tabu", que é estrelado por ele, nas maiores cidades do Brasil. No filme, FHC conta experiências de países que adotaram medidas alternativas à punição dos usuários de drogas, ao lado de políticos como os ex-presidentes Bill Clinton (EUA) e Ernesto Zedillo (Mexico). (Folha Online)
OPINIÃO
Sheila Silva - estudante de direito |
Há alguns anos, a sociedade brasileira debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha. Esta semana a discussão volta à tona através da revista Época, que trouxe o assunto como matéria de capa. O que difere a reportagem de outras já veiculadas pela imprensa nacional é o posicionamento de personalidades políticas e intelectuais sobre o tema, entre eles, o ex- presidente Fernando Henrique Cardoso, 77, que defende a legalização do consumo pessoal da “erva”. Fernando Henrique, encabeça uma comissão de 17 especialistas e personalidades que propõem a revisão da política mundial de drogas, começando pela maconha. O uso de drogas – já é comprovado – causa muitos malefícios, não só para o corpo, mas também para a sociedade.
Com o uso contínuo, alguns órgãos, como o pulmão, passam a ser afetados, podendo apresentar problemas como bronquite e perda da capacidade respiratória. Pode haver a diminuição da produção de testosterona, como consequência da diminuição da capacidade reprodutiva. Ainda, reduzir a capacidade de aprendizado e memorização, e a falta de motivação para desempenhar tarefas cotidianas. O usuário de maconha pode ter perda da noção do tempo e espaço além de um prejuízo na memória e latente falta de atenção. Essas últimas consequências, já citadas, podem, sim, afetar a vida de terceiros e de toda a sociedade. A pessoa drogada tem problemas ao dirigir, o que pode causar acidentes de trânsito. O uso de drogas leva à agressão e a atos violentos, e à desestruturação não só do indivíduo, mas da família, e, consequentemente, da sociedade. A questão que deve ser entendida, e ter maior empenho em políticas públicas relacionadas ao uso de drogas, não é o de legalização, mas, sim, de prevenção e educação. Uma ação importante é a contínua campanha de informação sobre as consequências do uso de drogas, com a finalidade de dissuadir o consumo. Precisamos quebrar o tabu e falar claramente sobre os perigos das drogas, dialogar na família, na escola, no trabalho, participar de debates na sociedade sobre o tema e ter a consciência de que esse é um problema nosso. A maconha é a porta de entrada para o precipício das drogas. Começa com ela, depois vem cocaína, heroína, crack, LSD, e por aí vai. Não podemos nos dar por vencidos, vamos todos nos unir e juntos dar um verdadeiro não à legalização da maconha. (Blog Sheila Silva)
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