sexta-feira, 3 de junho de 2011

Presidente da OAB inconformado com postura do governo nos assassinatos de líderes rurais


Sexta-feira, 03 de maio de 2011.
"A União é a maior latifundiária da Amazônia. Ocupou essas terras a
 propósito de segurança nacional. E é nessas terras  que essas mortes
 ocorrem. E o que a União procura dizer?  Que segurança pública não
 é com ela?  E o Estado diz que reforma agrária não é com ele? Não é
 questão de  segurança pública, mas uma questão social. Então um  
fica empurrando a responsabilidade para o outro. O grande culpado
 por essas mortes no  Pará, ou no  campo, é o governo. É a omissão
do governo"
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, criticou nesta sexta-feira a postura de "descaso" dos governos estadual e federal com a onda de assassinatos de líderes rurais na região norte do país. Ontem, o trabalhador rural Marcos Gomes da Silva sofreu uma emboscada em Eldorado dos Carajás, terra de massacre histórico em 1996, no Estado do Pará. Além disso, nos últimos dias quatro pessoas foram assassinadas. Três vítimas --o casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo e o agricultor Erenilton Pereira dos Santos-- moravam no assentamento Paraialta-Piranheira, em Nova Ipixuna, todos em solo paraense. A quarta vítima, o líder do Movimento Camponês Corumbiara, Adelino Ramos, foi morta em Rondônia. O governo reconheceu na terça-feira não ter instrumentos e condições para garantir a segurança de todos os líderes que correm risco. "É triste, é lamentável, ter que ouvir uma afirmação desse tipo de uma autoridade pública", afirmou Cavalcante. (Folha Online)

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