quinta-feira, 2 de junho de 2011

Acuado na Câmara, Palocci é cobrado por Dilma e Lula


Quinta-feira, 02 de maio de 2011.
* É interessante e importante o trabalho da imprensa quando acompanha e cobra da classe política uma conduta correta diante da lei e da sociedade. O caso Palocci precisa, sim, de explicações. As acusações, principalmente da oposição (entenda-se PSDB) visam desconstruir a sólida popularidade do governo do PT. Sai Lula, entra Dilma e os números continuam altos. A única forma de viabilizar uma mínima chance a Aécio Neves nas próximas eleições presidenciais é minar esta forte popularidade construída por Lula nos seus oito anos de governo. A estratégia de chegar em figuras importantes do partido, e Palocci é uma delas, visa desmistificar a “credibilidade” do povo ao principal partido de sustentação do governo, o PT. É bom que Palocci se manifeste logo com explicações plausíveis, sob pena de armar ainda mais a oposição que hoje “atira no escuro” com a esperança de acertar em alguém. É a única forma hoje de viabilizar uma chance mínima de não repetir com Aécio o mesmo e frustrante fiasco ocorrido com Serra.
Leiam a matéria da Folha Online postada logo abaixo:
Palocci participou ontem de reunião do Conselho Político.
A convocação para depor na Câmara veio logo depois
(foto Sérgio Lima/FolhaPress))
 “A presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Lula, disseram ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil) que cabe a ele se defender para pôr um fim à crise política. A oposição aprovou, na Comissão de Agricultura da Câmara, ontem, a convovação do ministro para que ele explique seu crescimento patrimonial. O recado de Dilma e Lula considera que a crise já começa a deteriorar a imagem do governo e que esse processo precisa ter um "limite". Lula avalia que, politicamente, Palocci não pode mais ficar em silêncio. O governo espera que o chefe da Casa Civil aceite as recomendações e fale hoje publicamente sobre o caso. A crise envolvendo o ministro começou depois que o jornal Folha de São Paulo revelou que Palocci multiplicou por vinte seu patrimônio em quatro anos. Entre 2006 e 2010, passou de R$ 375 mil para cerca de R$ 7,5 milhões.
Na sequência, a liderança do PSDB na Câmara levantou suspeitas de que pagamentos feitos pela Receita Federal à incorporadora WTorre, no valor de R$ 9,2 milhões, durante as eleições do ano passado, estejam relacionados ao trabalho de Palocci e a doações para a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou à imprensa registros públicos do Siafi (o sistema de acompanhamento de gastos da União) e da Receita Federal que indicariam uma relação entre pagamentos feitos pela Receita à WTorre Properties, um braço do grupo WTorre, e o trabalho do ministro na incorporadora. Segundo a reportagem  a WTorre foi uma das clientes da empresa do ministro, a Projeto Consultoria Financeira, que teve um faturamento de R$ 20 milhões somente no ano passado.  Folha Online”.

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