Domingo, 5 de junho de 2011.
Desde que surgiram as primeiras notícias, tenho feito um acompanhamento deste surto de E.coli em alguns países europeus, notadamente na Alemanha, onde os primeiros sintomas foram registrados. Os primeiros casos da doença já foram registrados nos Estados Unidos, isto é, o mal está se aproximando de nosso país. Não custa acompanhar atentamente as medidas preventivas e reativas das autoridades onde o mal já se instalou e nos precavermos por aqui. Hoje, recebi a informação através do Jornal Folha de São Paulo de que Hamburgo, na Alemanha, vive dias intranquilos desde que o país soou o alarme mundial sobre o surto letal de Escherichia coli (E.coli). A cidade que fica ao norte da Alemanha, epicentro da doença, tenta adaptar a rotina, enquanto médicos e autoridades empreendem uma tentativa frenética de debelar a infecção. O surto já deixou 19 mortos. O Hospital Universitário de Hamburg-Eppendorf (UKE), centraliza o atendimento aos casos graves. Os médicos contam que, em 18 de maio, quando atenderam o primeiro paciente, pensaram que se tratava de um caso clássico de infecção intestinal. Dias depois, ao chegarem quatro pessoas com sintomas semelhantes ou já agravados, perceberam que estavam lidando com algo completamente novo. “É uma situação que nunca confrontamos no passado", conta Jörg Debatin, diretor do UKE. "É muito difícil fazer qualquer tipo de previsão quanto à epidemiologia. No fim de semana passado, vimos uma diminuição de infectados, só para sermos surpreendidos com um novo pico há alguns dias", afirma.
O hospital passou a dividir os pacientes em grupos, segundo a gravidade do quadro clínico. Dos cerca de 700 casos confirmados, acompanha entre 200 e 250. O caso mais preocupante é o de 105 pessoas que desenvolveram a chamada síndrome hemolítico-urêmica, ou HUS, apresentando danos renais e neurológicos severos (como falência dos rins e ataques epilépticos) considerados irreversíveis. Um terço está em unidades de tratamento intensivo e total isolamento. Respiram com a ajuda de aparelhos ou estão em coma. Um segundo grupo, com diarreia sanguínea e outras complicações, tem condições de internamento tradicionais, com diálises e transfusões. Um terceiro grupo está em casa e tem a evolução da doença monitorada diariamente. O monitoramento é essencial: Hamburgo teve o caso trágico do paciente liberado por uma clínica e que morreu dias depois, em casa. O hospital disponibilizou ainda uma ambulância para atendimento domiciliar de casos suspeitos. A equipe faz testes de sangue e decide que encaminhamento dar. A equipe médica do UKE não confirma, embora admita a possibilidade, de casos de contaminação de pessoa para pessoa -hipótese levantada pela OMS.
"Estamos investigando. O ambiente doméstico pode representar um risco significativo. Por isso, estamos desenvolvendo um protocolo de higiene para os pacientes que voltaram para casa e esperamos assim diminuir o risco de contágios de pessoa para pessoa", afirmou o bacteriologista Holger Rohde.
RESTAURANTE
Apesar da recomendação de não comer alimentos crus, a regra não é respeitada em todos os lugares. Perto do parque de Sternschanzen, um restaurante turco continua servindo salada crua, base de grande parte dos pratos. "Servimos porque a venda não foi proibida", diz o funcionário Cem. A imprensa alemã noticiou ontem (4) que o governo investiga um restaurante da cidade de Lübeck, perto de Hamburgo, como possível fonte do surto. Ao menos 17 pessoas que comeram lá ficaram doentes. (Via Folha Online)
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